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visão geral dos 193 Estados-membros da ONU Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Há 193 Estados-membros das Nações Unidas, e apenas Estados podem ser membros plenos e participar de sua Assembleia Geral. Outros organismos intergovernamentais e algumas entidades legalmente reconhecidas podem participar como observadores, com direito a voz mas sem direito a voto.
A lista que se segue inclui todos os países-membros, por ordem alfabética:
Os 51 membros fundadores (destacados em negrito e ' * ') foram admitidos em 1945; destes, 49 são ainda membros ou tiveram o lugar substituído por um estado sucessor (p.ex. a Federação Russa tomou o lugar da antiga União Soviética). Os outros dois membros fundadores foram a Checoslováquia e a Jugoslávia. No caso da China, a República da China foi substituída pela República Popular da China (como estado sucessor) em 25 de outubro de 1971.
1. Alemanha
A República Federal da Alemanha (RFA) e a República Democrática Alemã (RDA) ingressaram na ONU no mesmo dia, 18 de setembro de 1973. A reunificação alemã provocou o desaparecimento da RDA devido à integração, tornando a vaga alemã da RFA em 3 de outubro de 1990.
2. Birmânia
A antiga Birmânia mudou seu nome em 1989 para Mianmar.
3. China e Taiwan
A República da China foi um dos membros fundadores das Nações Unidas em 1945. Em 1949, com o fim da guerra civil chinesa, o governo da República da China do partido Kuomintang de Chiang Kai-shek refugiou-se em Taiwan, passando o controle da parte continental do país para a nova República Popular da China, com um governo comunista.
O assento chinês na ONU foi ocupado pela República da China até o dia 25 de outubro de 1971, data da resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas, que substitui Taiwan pela República Popular da China em todas as instâncias da ONU, inclusive no Conselho de Segurança.
Desde 1991, a República da China (ROC) tem feito repetidamente petições para reinclusão na ONU, como representação da população de Taiwan, em vez de todos na China, usando as designações “República da China em Taiwan”, “República da China (Taiwan)” ou apenas “Taiwan”. No entanto, todas as tentativas foram negadas, porque o pedido não consegue votos suficientes para a agenda ou porque foi rejeitada pela ONU, devido à oposição da República Popular da China (PRC).
Em julho de 2007, o atual presidente de Taiwan, Chen Shui-bian apresentou a 15.ª solicitação para se unir às Nações Unidas, sob o nome de Taiwan, mas que foi rejeitada pelo Escritório de Assuntos Jurídicos da ONU, citando a Resolução 2 758 da Assembleia Geral.
Em resposta à rejeição da ONU, o governo da ROC tem esclarecido que Taiwan não é parte da China, e que a Resolução 2 758 não toca a questão da representação de Taiwan na ONU, e portanto não impede a participação de Taiwan como uma nação soberana independente.
Por outro lado, o governo da PRC, que afirma que Taiwan é parte integrante da China, elogia que a decisão das Nações Unidas “foi tomada em acordo com o Estatuto da ONU e da Resolução 2 758 da Assembleia Geral.
Até hoje, todas as tentativas de incluir novamente a República da China (Taiwan) como representante dos "23 milhões de habitantes" de Taiwan no sistema das Nações Unidas foram infrutíferas.
4. Egito
A República Árabe Unida foi membro de 21 de fevereiro de 1958 até 2 de setembro de 1971, quando o Egito mudou de nome para República Árabe do Egito.
5. Iêmen (Iémen)
A República Árabe do Iêmen ingressou na ONU em 30 de setembro de 1947, enquanto a República Democrática Popular do Iêmen ingressou em 14 de dezembro em 1967. Os dois países se uniram em 1990 e o status de seus assentos foram transferidos para o Iêmen.
6. Indonésia, Malásia e Cingapura (Singapura)
A Federação Malaia ingressou à ONU em 1957. Em 16 de setembro de 1963, formou-se a Federação Malásia, unindo o antigo território Malaio a Singapura, Bornéu do Norte (Sabah) e Sarawak. Singapura tornou-se um estado independente em 9 de agosto de 1965.
A Indonésia, com pretensões territoriais sobre a Malásia, retirou-se temporariamente da ONU em 1965 como protesto ao ingresso deste país no Conselho de Segurança. Após revoltas populares e tentativas de um golpe militar no mesmo ano, Sukarno perdeu o poder para o militar Suharto, que reintegrou o país na ONU em 1966.
7. Iugoslávia (Jugoslávia)
A Iugoslávia foi a primeira a ratificar a Carta das Nações Unidas, em 19 de outubro de 1945, e foi membro efetivo até 10 de novembro de 2000. Os novos países que surgiram por sua dissolução se integraram à ONU nas seguintes datas:
8. República Democrática do Congo e República do Congo
A República Democrática do Congo foi originalmente admitida como Zaire em 20 de setembro de 1960. Mudou seu nome em 17 de maio de 1997. A República do Congo foi aceita com o nome de Congo.
9. Tchecoslováquia (Checoslováquia)
A Tchecoslováquia foi um dos membros fundadores das Nações Unidas. Com a repartição do país, a Chéquia (República Checa) e a Eslováquia aderiram à ONU em 19 de janeiro de 1993.
10. Tanganica (Tanganhica) e Zanzibar
Tanganica aderiu à ONU em 14 de dezembro de 1961 e Zanzibar em 16 de dezembro de 1963. Os dois países acabariam por se fundir em 1964, formando a Tanzânia, que ocupou o lugar dos dois países.
11. União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi membro fundador das Nações Unidas, ingressando em 24 de outubro de 1945, permanecendo até 23 de dezembro de 1991. Seu assento foi tomado pela Rússia, sob o nome de Federação Russa.
12. Sudão e Sudão do Sul
O Sudão aderiu à ONU em 12 de dezembro de 1956 sob o nome de República do Sudão. Após um referendo, organizado com a ajuda da ONU para conter a guerra civil que havia se espalhado pelo país, o Sudão do Sul declarou a sua independência em 9 de julho de 2011, tendo tido aceitação como membro da ONU em 14 de julho de 2011.
Adicionalmente aos estados-membros, há os estados observadores não membros: a Santa Sé (Cidade do Vaticano), que mantém um observador permanente em uma missão no escritório das Nações Unidas. Em 29 de novembro de 2012, a Autoridade Nacional Palestiniana foi admitida como Estado observador. Por longo tempo, devido a sua tradição de neutralidade, a Suíça permaneceu como observadora. No entanto, após um referendo nacional, tornou-se um membro pleno em 10 de setembro de 2002.
O Saara Ocidental mantém laços diplomáticos com aproximadamente 70 estados e é membro pleno da União Africana como República Árabe Sarauí Democrática. No entanto, por não ter soberania efetiva, administrando apenas uma pequena região no território do Saara Ocidental e com um governo no exílio baseado no campo de refugiados de Tindouf, Argélia, não é representado na ONU.
Algumas organizações internacionais, organizações não governamentais ou entidades cuja soberania e status não são precisamente definidos, como o Comitê International da Cruz Vermelha, o Rotary International e a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários da Cruz de Malta (SMOM), têm o mesmo status de observadores, mas não como estados.
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