Estádio Major Antônio Couto Pereira
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O Estádio Major Antônio Couto Pereira, conhecido simplesmente como Couto Pereira, é um estádio de futebol brasileiro, de propriedade do Coritiba Foot Ball Club. Está localizado no bairro Alto da Glória, em Curitiba, capital do estado do Paraná. Os torcedores o chamam carinhosamente de "Couto" ou "Alto da Glória". Foi inaugurado em 15 de novembro de 1932, com uma partida de futebol entre o Coritiba e o America-RJ, quando o time da casa venceu por 4 a 2.[4]
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Estádio Couto Pereira Estádio Major Antônio Couto Pereira | |
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Vista do estádio em 2022 Sisbrace: [1] | |
Nomes | |
Nome | Estádio Major Antônio Couto Pereira |
Apelido | Couto Alto da Glória Gigante de Concreto Armado |
Características | |
Local | Curitiba, Paraná, Brasil |
Gramado | Grama natural (105 x 68 m) |
Capacidade | 40.502 espectadores[2] |
Construção | |
Data | 1927–1932 |
Inauguração | |
Data | 20 de novembro de 1932 (91 anos) |
Partida inaugural | Coritiba 4–2 America |
Primeiro gol | Gildo (Coritiba) |
Recordes | |
Público recorde | 67.391 pessoas (público total)[3] |
Data recorde | 15 de maio de 1983 |
Partida com mais público | Atlético-PR 2 x 0 Flamengo-RJ |
Outras informações | |
Remodelado | 2005, 2014 |
Expandido | 2014 |
Proprietário | Coritiba |
Administrador | Coritiba |
O Estádio Major Antônio Couto Pereira, mais conhecido como Couto Pereira, foi batizado em homenagem ao Major Antônio Couto Pereira, ex-presidente do Coritiba. A mudança de nome do estádio, originalmente chamado Estádio Belfort Duarte, ocorreu em 1977, um ano após o falecimento do Antônio Couto Pereira.[5]
O primeiro mandato de presidência do Major Couto Pereira (1928-1934) foi marcada por um marco histórico: a construção do estádio próprio do Coritiba. Em 1928, ele adquiriu um terreno no Alto da Glória para a construção do estádio, que seria inaugurado em 1932.[5]
O estádio foi inaugurado em 1932 com o nome de Estádio Belfort Duarte, em homenagem a um dos fundadores da Associação Atlética Mackenzie College, o primeiro clube de futebol formado por brasileiros em 1895.[6] Belfort Duarte, figura pioneira do esporte no país, teve um papel fundamental na introdução e popularização do futebol no Brasil.
Em reconhecimento à sua dedicação e importância para o Coritiba, o nome do estádio foi mudado para Estádio Major Antônio Couto Pereira em 1977.[7] A homenagem perpetuou o legado do Major Antônio Couto Pereira, que faleceu em 12 de novembro de 1976, aos 80 anos.[6]
Com a inauguração do Setor Pro-Tork, na Rua Mauá, e a construção de uma nova saída na curva dos fundos, o Couto Pereira passou a ter capacidade oficial liberada pelo Corpo de Bombeiros de 40 502 espectadores, assim distribuídos:[8][9]
No estádio estão localizados quarenta e três sanitários, sendo vinte femininos e vinte e três masculinos. Existem também vinte lanchonetes e cinco vestiários (Coritiba, visitante, arbitragem feminino e masculino, e antidoping), além de estacionamento com 400 vagas. Para a segurança existem cento e vinte e sete câmeras e uma central de monitoramento que acompanha a movimentação dos torcedores.
O campo possui medidas de 105 x 68 metros, com grama do tipo Bermuda 419.[10]
Todos os lugares do Estádio do Coritiba são numerados. Um sistema de ingressos confeccionados em meio magnético e de catracas eletrônicas possibilita a setorização, que é feita pela identificação de cores.
Na atual fase de reformas, cerca de quinze mil novas cadeiras foram afixadas em diversos setores, ampliando o conforto e a segurança.[11]
Anexa ao estádio está a loja "Sou 1909", que vende produtos licenciados e materiais esportivos do Coritiba, com a marca "1909", própria do clube.
O Estádio Couto Pereira está equipado com elevadores para o acesso da imprensa e de autoridades às cadeiras superiores.
O maior público registrado foi de setenta mil pessoas, em 5 de julho de 1980, na visita do Papa João Paulo II. Já o maior público em uma partida de futebol ocorreu em 15 de maio de 1983, entre o Atlético Paranaense e o Flamengo, com 67 391 pessoas.[12][13]
Os primeiros jogos do Coritiba aconteceram no Jóquei Clube Paranaense, em dias em que não havia corrida. Em 1916, com o apoio dos associados, o clube se transferiu para o Parque Graciosa, no bairro do Juvevê, e ficou lá até ter o contrato rescindido. Com essa rescisão, o Coritiba pagou uma boa indenização e passou a procurar um terreno para a construção de um novo estádio.
O clube era comandado na época pelo Major Antônio Couto Pereira, que dedicou sua vida ao Coritiba. Foi ele quem encontrou a área, pago com um empréstimo de 120 mil contos de réis junto à Caixa Econômica Federal, com juros de 12% ao ano.
O novo estádio, denominado de Belfort Duarte, ficou pronto e foi inaugurado em 1932, com a partida Coritiba 4×2 America Football Club. Ali o Coxa mandou seus jogos até 1956, quando o então presidente, Arion Cornelsen, anunciou uma reforma, alegando que a torcida do Coritiba havia crescido muito na última década e que aquele era o momento certo para a ampliação do Belfort Duarte.
Para levantar dinheiro e construir o estádio,criou se um plano semelhante ao utilizado na construção do Maracanã, oito anos antes. A venda de cadeiras perpétuas garantiria a construção da praça de esporte, como as mensalidades garantiriam a manutenção do complexo esportivo.
“Ganhava dinheiro no bolo esportivo e meu pai aplicava na construção do estádio. Foi assim que começamos a construção do Belfort Duarte”. - Aryon Cornelsen.
Em 1977, com as obras já concluídas, o nome do estádio foi alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao seu idealizador.
Em 1 de maio de 2005, após mais de cinco meses de obras, o estádio foi reaberto.[14]
Foi plantando uma nova grama, do tipo Bermuda 419, tida pelos especialistas como a melhor para a prática do futebol, além de um sistema de drenagem mais eficaz.
As medidas do campo foram ampliadas para 109 x 72 metros, as grades que circundavam o fosso foram retiradas, tornando perfeita a visibilidade da partida de qualquer lugar do estádio.
As novas traves têm ferros de sustentação das redes um novo formato, mais adequado à segurança dos jogadores.
Os novos bancos de reservas atendem o padrão internacional de exigências estabelecidas pela FIFA, com as condições de conforto aos atletas (são bancos do tipo Recaro, padrão similar aos utilizados nos estádios do Barcelona e Ajax).
Em 2005 foram entregues 25 novos camarotes, todos de alto padrão, com TV, climatização, frigobar, piso em granito, banheiro individual, isolamento com vidro blindado, poltronas, atendimento de garçom via interfone, entre outros benefícios. No total, 370 pessoas podem assistir aos jogos no Couto Pereira utilizando-se dos camarotes.
Uma nova sala de imprensa foi construída, para as entrevistas antes e pós-jogo, com sistema de som e acesso à Internet.
O Estádio Couto Pereira tem dois espaços que homenageiam o ex-presidente Amâncio Moro e o ex-jogador do América, Belfort Duarte, que durante mais de quarenta anos cedeu seu nome para o estádio curitibano.
Estes dois espaços possuem modernas instalações com praças de alimentação. O espaço Belfort Duarte conta com uma galeria onde estarão expostas fotos e 75 dos principais troféus da história do clube. Entre eles, o de Campeão Brasileiro em 1985 e o de Campeão do Torneio do Povo, em 1973.
Painéis fotográficos gigantes com imagens de várias fases do Couto Pereira, desde sua construção, passando por várias obras, ilustram o ambiente que tem seu piso todo em granito, na cor verde labrador.
O projeto da galeria foi executado pelo arquiteto coxa-branca Ricardo Carvalho. Cada vitrine comporta entre doze e vinte troféus, que foram selecionados entre os principais que o clube conquistou ao longo de mais de 100 anos. Um grupo de torcedores e pesquisadores, Os Helênicos, selecionou e realizou o levantamento histórico que conta mais sobre a história vitoriosa do Coritiba. O grupo é composto pelo jornalista Vinícius Coelho, pelo pesquisador Levi Mulfort e pelos torcedores Pierre Alexandre Boulos, Guilherme Straube, Alan Roger da Silva e Maurício Pasternack.
Vinte e dois painéis gigantes estão localizados nos anéis externos do Estádio Couto Pereira, com imagens que relembram a história do Clube Alviverde.
Em 2004 o Couto havia recebido letreiros de identificação do Estádio, feitos em aço e com iluminação especial, que permitem grande destaque do Estádio à noite.
No estacionamento, na entrada principal para o Estádio curitibano, está localizado o mastro que durante décadas esteve no gramado. O mastro foi doado em 15 de novembro de 1932 pelo conselheiro Eduardo Schinzel e será responsável por dar as boas-vindas aos torcedores do Coxa.
Em 1988, o presidente Bayard Osna determinou a construção de um centro de treinamento para o Coritiba. Foi adquirido um terreno na antiga estrada da Graciosa, próximo ao trevo do Atuba, cerca de nove quilômetros da sede principal, no Alto da Glória. Mas foi somente em 1995 que o segundo passo foi dado. Joel Malucelli, Sérgio Prosdócimo e Edson Mauad assumiram o Coritiba e deram início às obras.
O engenheiro José Arruda, na época Vice-presidente do clube, foi à pessoa que ficou responsável da comissão de obras. A maior parte do dinheiro que viabilizou a construção veio de contribuições mensais do Conselho Deliberativo, presidido na época por Manoel Antonio de Oliveira.
Lista dos jogos da Seleção Brasileira no Couto Pereira, por amistosos e jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.[15][16]
O Estádio Couto Pereira foi o palco de grandes apresentações artísticas, entre os quais:
O CT da Graciosa foi inaugurado no dia 20 de Dezembro de 1997. Em 2002, Giovani Gionédis assumiu o clube e começou um planejamento estrutural, que se iniciou com a ampliação e modernização do patrimônio Alviverde.
O CT conta com cinco campos oficiais de futebol (70x110m), com diferenciados gramados. Além disso, três vestiários, piscina térmica, estacionamento, comitê de imprensa. Para a área médica existe uma moderna clínica de fisiologia, uma completa academia, além de clínicas de fisioterapia, psicologia e nutrição.
No dia 12 de outubro de 2009 comemorou-se o centenário do clube, com vários eventos no Couto Pereira. Logo no início da manhã, às 7h30, foi dada a largada para a maratona do Centenário. Cerca de duas mil pessoas compareceram para a corrida, conquistada por Ricardo Júlio do Santos, que completou o trajeto de 10 km em 32 minutos.
Logo após o término da corrida, o clube inaugurou, em parceria com o grupo de pesquisa 'Helênicos', o "Espaço 100 anos", uma espécie de museu, que conta a trajetória do Coxa, por meio de camisas, faixas de campeões, fotos e flâmulas. Conta com diversas exposições relacionadas a fatos históricos do clube, seus atletas e sua torcida. Localizado na rua Mauá, o espaço tem grama sintética aplicada ao seu piso. O projeto conta também com painéis e peças raras referentes a uniforme, ídolos e até mesmo à conquista de títulos.
Estiveram presentes, como convidados especiais, os ex-atletas Kruger, Pachequinho, Fedato, Toby e ex-presidentes, entre eles Aryon Cornelsen, Jacob Mehl e Giovani Gionédis.
Atração do local é a sala das sensações, um local totalmente escuro, apenas com um telão no qual passam imagens gravadas no meio da torcida no Couto Pereira, além do Green Hell, visto por cima do estádio. Com um som muito alto, a pessoa tem a impressão de estar no meio da bateria da Império Alviverde.
O Couto Tour é uma visita guiada ao Estádio Major Antônio Couto Pereira. A experiência oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer a história do clube e do estádio, além de ter acesso a áreas exclusivas normalmente inacessíveis ao público.[31]
O tour tem duração de aproximadamente 50 minutos e é conduzido por guias experientes, que narram a história do Coritiba desde sua fundação em 1909 até os dias atuais. A visita inclui os seguintes locais:[32]
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