Escândalo de exploração sexual infantil de Rotherham
escândalo de abuso sexual infantil organizado em Rotherham, Inglaterra, entre os anos 1980 e 2013 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O escândalo da exploração sexual infantil de Rotherham consistiu no abuso sexual organizado de crianças que ocorreu na cidade de Rotherham, no Norte de Inglaterra, desde o final da década de 1980 até à década de 2010, e no facto de as autoridades locais não terem agido com base em relatos do abuso durante a maior parte desse período.[1]
A investigadora Angie Heal, que foi contratada por funcionários locais e os alertou para a exploração infantil ocorrida entre 2002 e 2007, descreveu-a desde então como o "maior escândalo de protecção infantil na história do Reino Unido".[2] As provas do abuso foram registadas pela primeira vez no início da década de 1990, quando os directores dos lares investigaram relatos de que crianças ao seu cuidado estavam a ser apanhadas nas ruas por taxistas. A primeira condenação em grupo teve lugar em 2010, quando cinco homens britânico-paquistaneses foram condenados por crimes sexuais contra raparigas com idades entre os 12 e os 16 anos.[3] A partir de Janeiro de 2011 Andrew Norfolk, do The Times pressionou a questão, relatando em 2012 que o abuso na cidade era generalizado, e que a polícia e o conselho do distrito tinham conhecimento do mesmo há mais de dez anos.[4][5]
O relatório de Alexis Jay de 2014 revelou que pelo menos 1.400 crianças, maioritariamente brancas, foram sujeitas a uma terrível exploração sexual em Rotherham por grupos de homens, predominantemente de origem paquistanesa, entre 1997 e 2013.[3] Este novo tipo de crime, com o seu particular modus operandi, verificou-se também em muitas cidades do Reino Unido, tais como Rochdale, Newcastle, Oxford,Keighley, Telford, Peterborough, Derby, Sheffield, Huddersfield, Aylesbury e Bristol. Com uma pequena variante — os abusadores eram na sua maioria marroquinos — foi encontrado também na Holanda cerca de 2000.[6]