Ernesto Augusto I de Hanôver
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Ernesto Augusto I KG, KP, GCB, GCH, FRS (Londres, 5 de junho de 1771 — Hanôver, 18 de novembro de 1851) foi Rei de Hanôver, Duque de Brunsvique-Luneburgo e Duque de Cumberland e Teviotdale. Sendo o quinto filho, parecia pouco provável que se tornasse monarca, mas a lei sálica, que impedia as mulheres de herdar o trono, aplicava-se em Hanôver e nenhum dos seus irmãos mais velhos tinha deixado herdeiros varões legítimos. Assim, tornou-se rei de Hanôver quando a sua sobrinha, Vitória, se tornou rainha do Reino Unido, acabando com a união pessoal entre o Reino Unido e Hanôver que tinha existido desde 1714.
Ernesto Augusto I | |
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Rei de Hanôver Duque de Cumberland e Teviotdale Duque de Brunsvique-Luneburgo | |
Retrato por George Dawe, c. 1828 | |
Rei de Hanôver | |
Reinado | 20 de junho de 1837 a 18 de novembro de 1851 |
Antecessor(a) | Guilherme IV |
Sucessor(a) | Jorge V |
Duque de Cumberland e Teviotdale | |
Ducado | 23 de abril de 1799 a 18 de novembro de 1851 |
Sucessor(a) | Jorge V |
Nascimento | 5 de junho de 1771 |
Casa de Buckingham, Londres, Grã-Bretanha | |
Morte | 18 de novembro de 1851 (80 anos) |
Hanôver, Hanôver | |
Sepultado em | Jardins de Herrenhausen, Hanôver |
Nome completo | Ernest Augustus |
Cônjuge | Frederica de Mecklemburgo-Strelitz |
Descendência | Jorge V de Hanôver |
Casa | Hanôver |
Pai | Jorge III do Reino Unido |
Mãe | Carlota de Mecklemburgo-Strelitz |
Religião | Anglicana |
Assinatura | |
Brasão |
Ernesto nasceu na Inglaterra, mas foi enviado para Hanôver quando era adolescente para prosseguir com a sua educação e treino militar. Enquanto prestava serviço nas forças hanoverianas na Valónia contra a França Revolucionária, sofreu uma ferida que lhe desfigurou o rosto. Em 1799, recebeu o título de duque de Cumberland e Teviotdale. Apesar de o seu casamento em 1815 com Frederica de Mecklemburgo-Strelitz, uma princesa que já tinha ficado viúva duas vezes, não ter sido aprovado pela sua mãe, a rainha Carlota, acabaria por se tornar uma união feliz. Em 1817, o rei Jorge estava louco e tinha apenas uma neta legitima, a princesa Carlota de Gales. Quando ela morreu ao dar à luz, Ernesto era o único filho que estava casado e ainda vivia com a esposa. Esta situação deu-lhe alguma esperança de vir a suceder ao trono britânico. Contudo, ambos os seus irmãos mais velhos se casaram rapidamente e o quarto filho do rei Jorge, o príncipe Eduardo Augusto, Duque de Kent e Strathearn, teve uma filha que acabaria por se tornar a herdeira da coroa britânica, a princesa Alexandrina de Kent, que viria a adoptar o nome Vitória do Reino Unido.
Ernesto era ativo na Casa dos Lordes onde mantinha uma posição extremamente conservadora. Alegava-se persistentemente (algo que terá sido espalhado pelos seus inimigos políticos) que o príncipe tinha assassinado o seu criado e tivera um filho da sua irmã, a princesa Sofia do Reino Unido. Antes de Vitória suceder ao trono britânico, correram rumores de que Ernesto pretendia assassiná-la e ficar com o trono para si. Quando o rei Guilherme IV morreu a 20 de junho de 1837, Ernesto subiu ao trono de Hanôver. Sendo o primeiro monarca de Hanôver a viver no reino desde Jorge I, Ernesto conseguiu ter um reinado de catorze anos geralmente bem-sucedido, mas provocou alguma controvérsia quando dispensou os Sete de Gotinga (um grupo que incluía os dois irmãos Grimm) das suas posições no ensino por provocarem agitação contra as suas políticas.