Era de prata das histórias em quadrinhos americanas
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A Era de Prata da histórias em quadrinhos americanas (em Portugal, banda desenhada) foi um período de avanços artísticos e sucesso comercial para as histórias em quadrinhos produzidas nos Estados Unidos, predominantemente no gênero de super heróis. Sucedendo à Era de Ouro, e um interregno entre o final da Segunda Guerra e meados da década de 1950, na qual o gênero havia surgido, obtido sua popularidade inicial e entrado num significativo declínio,[1] a "Era de Prata" compreenderia as publicações lançadas entre 1956 e 1970 e antecederia a "Era de Bronze".
Era de prata das histórias em quadrinhos americanas | |
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Outros nomes | Era de Prata |
Localização | Estados Unidos |
Data | 1956 - c. 1970 |
Anterior | Era de Ouro |
Posterior | Era de Bronze |
A popularidade — e, consequentemente, a tiragem — das revistas em quadrinhos de super-heróis diminuiu consideravelmente após a Segunda Guerra Mundial, ao passo que revistas com histórias de terror, crime ou romance passavam a representar uma fatia cada vez maior do mercado. No início da década de 1950, cresceu a controvérsia acerca da suposta ligação entre os quadrinhos e a delinquência juvenil, e as próprias editoras responsáveis por estas revistas implementariam em 1954 o Comics Code Authority, cujo objetivo era regular o conteúdo publicado.
Em 1956, num mercado já afetado pelas mudanças causadas pelo órgão, foi publicada a revista Showcase #4, que, ao apresentar uma nova versão do super-herói Flash, acabaria por reaquecer o interesse pelo gênero. O imediato sucesso levou ao lançamento de inúmeras revistas, incluindo Justice League of America, estrelada pela Liga da Justiça. O período é marcado ainda, a partir da década de 1960, pelo surgimento de vários personagens da Marvel Comics, como o Quarteto Fantástico, o Homem-Aranha e os Vingadores.
A formação dos super-heróis evoluiu durante a Era de Prata. Dentre os artistas que contribuíram durante o período estão algumas das mais importantes figuras da história do gênero — escritores como Stan Lee, Gardner Fox, John Broome e Robert Kanigher, e desenhistas como Curt Swan, Jack Kirby, Gil Kane, Steve Ditko, Mike Sekowsky, Carmine Infantino, John Buscema e John Romita — e enquanto os escritores incoporaram elementos de ficção científica nas origens e aventuras dos personagens,[2] o desenvolvimento do personagem e seus conflitos pessoais tornaram-se quase tão importantes quanto o mito, os super-poderes e as aventuras épicas, e a arte também evoluiu: anatomia, perspectiva e expressões faciais começaram a ser retratadas de forma mais realista, e um maior experimentalismo no posicionamento dos quadros que compõem as páginas também começaria a ocorrer.