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disciplina de engenharia elétrica que utiliza componentes elétricos para projetar circuitos eletrônicos, dispositivos, microprocessadores, microcontroladores e outros sistemas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A engenharia eletrônica (português brasileiro) ou engenharia eletrónica (português europeu) é uma subárea da Engenharia Elétrica que lida com grandezas elétricas de pequena amplitude e de elevadas frequências, os chamados sinais elétricos ou eletrônicos[1]. A engenharia eletrônica cuida da energia elétrica sob os aspectos de computação, controle, e telecomunicação.
O estudo da engenharia eletrônica fornece meios para o desenvolvimento de componentes, dispositivos, sistemas e equipamentos como: transistores, circuitos integrados e placas de circuito impresso.[2] Nos Estados Unidos, assim como no Brasil, os cursos de engenharia eletrônica são em grande parte baseados nos conteúdos da engenharia elétrica.[3]
No Brasil seus requisitos são definidos em normas do MEC[4] e pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea/Crea).[5]
Parte dos cursos tem se voltado para o foco no desenvolvimento de produtos eletrônicos, se baseando fortemente em competências de projeto[6] além dos conteúdos teóricos/técnicos.[7][8]
A engenharia eletrônica surgiu a partir do desenvolvimento tecnológico nas indústrias do telégrafo, no final do século XIX;[9] e do rádio e telefone no início do século XX.[10] A maior parte do desenvolvimento dessa disciplina ocorreu durante o período da segunda guerra mundial, com o advento do radar, do sonar,[11] dos sistemas de comunicação e de outros sistemas com fins de aplicação bélica.[12] Durante os anos que precederam a segunda guerra o assunto era conhecido como "engenharia de rádio" e apenas no final dos anos 50 o termo engenharia eletrônica começou a surgir.[13][14]
Em 1948 surgiu o transistor e em 1960 o circuito integrado (CI) viria a revolucionar a indústria eletrônica.[15][16]
Historicamente considerada mera subdivisão da engenharia elétrica, especialmente durante a "era da válvula", ganhou autonomia plena com o advento da "era do semicondutor",[17] rapidamente sucedida pela era da miniaturização em larga escala.[18][19]
A história da eletrônica brasileira surge na década de 20 do século XX, com a instalação das primeiras empresas de produtos eletrônicos: uma fabricante de rádios elétricos (marca Proteus), em 1923; a primeira indústria nacional de motores, a Motores Elétricos Brasil, em 1928; no ano seguinte, a GE, como fabricante de lâmpadas.
Em 1940, as empresas do recém-criado setor eletroeletrônico chegavam a contar com cerca de cinco mil trabalhadores, aproximadamente 0,6% do total dos empregos da indústria de transformação.
A partir de 1950, vigorou no Brasil uma política de industrialização por substituições de importação. Isso levou o país a apresentar uma taxa de crescimento média de 7,4% ao ano do PIB até 1980. Em específico, a expansão da indústria eletroeletrônica chegou a atingir uma taxa média de crescimento de 21% ao ano entre 1970 e 1974. O setor eletroeletrônico passou de 2,9%, em 1959, para 6,2%, em 1970, chegando a 10% de participação na indústria de transformação em 1978. O nível de ocupação da indústria alcançou um recorde de 90% em 1973.[20]
A engenharia eletrônica liga-se atualmente a várias subdivisões e ramos de engenharia, em constante avanço tecnológico. Algumas das especialidades e áreas de estudos incluem:
O curso de engenharia eletrônica é do tipo bacharelado e possui duração mínima de 5 anos, sendo oferecido também, na forma de pós graduação. Assim como todo curso de engenharia, possui foco nas ciências exatas, assim, dando ênfase em matérias como matemática, física, química e computação. Grande parte das universidades, possui algumas matérias como sendo essenciais, alguns exemplos são: circuitos elétricos, calculo, circuitos lógicos, eletrônica analógica e digital, física, algoritmos e estruturas de dados e programação embarcada, sendo grande parte das matérias, focadas em hardware.
O Instituto Tecnológico de Aeronáutico (ITA), foi a primeira instituição de ensino a oferecer o curso no Brasil, em 1951, atualmente, diversas universidades brasileiras, particulares ou federais, oferecem o curso de engenharia eletrônica, sendo em alguns casos, chamado de engenharia elétrica com ênfase em eletrônica.
Uma vez formado, o engenheiro eletrônico está qualificado para lidar com sistemas eletrônicos de diversos tipos, planejando, projetando, instalando, operando e promovendo a manutenção. No mercado de trabalho, o profissional pode atuar na indústria realizando pesquisas, liderando e supervisionando equipes e obras. Pode, ainda, trabalhar diretamente com sistemas, desenvolvendo, fazendo estudos de viabilidade e projetando componentes e equipamentos. Dentre algumas funções do engenheiro eletrônico, estão:
Por isso, é uma área que participa efetivamente do desenvolvimento de novas tecnologias. O bacharel em Engenharia Eletrônica também pode atuar em projetos e prestar assistência em circuitos ligados à eletrônica digital, que abrange microprocessadores e computadores.
As novas diretrizes curriculares nacionais (DCN's) para os cursos de engenharia direcionam a formação dos novos profissionais em uma abordagem baseada em competência. As DCN's definem então 8 competências básicas para todos os engenheiros e requisita que cada instituição de ensino superior defina àquelas mais adequadas para o perfil do seu egresso.
Uma das primeiras definições de competência disponíveis para a formação do profissional de engenharia eletrônica, em acordo com as novas DCN's e as atribuições do item 9 do CREA, é dada por 12 competências.[21] Ao fim das descrições são apresentados os níveis esperados dos engenheiros segundo a Taxonomia Revisada de Bloom, entre parênteses.
No Brasil, os salários são em média de 7500 reais. As áreas de atuação são amplas e como exemplo estão: biomedicina, tecnologia de informação, telecomunicações, automação industrial, computação, automobilística, agrícola, microeletrônica, construção naval e até mesmo petróleo e gás. No exterior, países como Estados Unidos, China, Alemanha e japão são os que mais contratam profissionais da área.
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