Empréstimo (linguística)
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Empréstimo linguístico é a incorporação ao léxico de uma língua de um termo pertencente a outra língua, mediante a reprodução do termo sem alteração de pronúncia ou mediante adaptação fonológica e ortográfica (exemplos:garçom, futebol). Em geral, a palavra mantém o sentido da língua de origem. As palavras tomadas como empréstimo são igualmente denominadas 'empréstimos'.
Há que distinguir entre o empréstimo e o neologismo, que é uma palavra nova, derivada ou formada de outras já existentes,(como 'urubuzar', verbo derivado de 'urubu') na língua ou em outro sistema linguístico (como 'tuiteiro', de Twitter), ou então a atribuição de novos sentidos a uma palavra já existente na própria língua.[1][2]
Também há diferença entre empréstimo e estrangeirismo. Estrangeirismo é o uso de um vocábulo de uma outra língua, com a mesma grafia e a mesma pronúncia da língua original, como em mise-en-plis, 'spray, know-how e software. No caso do empréstimo, a palavra proveniente de uma língua é incorporado noutra, e a grafia muda, a exemplo de palavras como 'escâner' (do inglês scanner), 'bife' (do inglês beef), 'bisteca' (do inglês beefsteak), 'futebol' (do inglês football),'garção' (do francês garçon) e 'maquilar' (do francês maquiller) e 'nhoque' (do italiano gnocchi, forma plural de gnocco).[3]
Mas vale observar também que o empréstimo linguístico não se dá unicamente por influxo linguístico estrangeiro. Ocorre também dentro da própria comunidade linguística, entre os falares regionais ou entre esses e o sistema tradicional, de modo que cada um pode sofrer mudanças por empréstimos do outro. A linguagem literária, por exemplo, recebe influxo do falar popular ou regional e, reciprocamente, pode influenciá-lo.[4]