Eleição presidencial na Venezuela em 2024
16º pleito presidencial venezuelano / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A eleição presidencial na Venezuela em 2024 ocorreu em 28 de julho para escolher um presidente para um mandato de seis anos, com início em 10 de janeiro de 2025.[1] A eleição, marcada por controvérsias, ocorreu em um contexto onde o governo de Maduro controlava todo o poder e reprimia a oposição política.[1][2][3][4]
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28 de julho de 2024 | ||||
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Ver resultados | ||||
Candidato | Nicolás Maduro | Edmundo González Urrutia | ||
Partido | PSUV | PUD | ||
Natural de | Distrito Capital | Aragua | ||
Resultados eleitorais por município | ||||
Titular Eleito |
O presidente Nicolás Maduro concorreu a um terceiro mandato consecutivo, enquanto o ex-diplomata Edmundo González Urrutia representou a Plataforma Unitária Democrática (PUD), a principal aliança política de oposição.[5] Outros candidatos importantes da oposição venezuelana foram impedidos pelo governo de participar da eleição durante suas campanhas ou em eleições anteriores.[6] Em junho de 2023, a principal candidata, María Corina Machado, foi proibida de participar pelo governo venezuelano sob a acusação de envolvimento em corrupção.[7][8][9] Esse ato foi considerado pela oposição como uma violação dos direitos políticos e foi condenado por organismos internacionais como a Organização dos Estados Americanos,[10] a União Europeia[11] e a Human Rights Watch, além de vários estados.
Pesquisas realizadas antes da eleição indicavam que González venceria com ampla margem. Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governo, anunciar resultados parciais apontando uma vitória apertada de Maduro em 29 de julho, líderes mundiais expressaram predominantemente ceticismo quanto aos resultados divulgados e não reconheceram as alegações do CNE,[12][13] com exceções como os líderes da Bolívia, Rússia, China, Irã e Cuba, entre outros, que parabenizaram Maduro.[14][15] Tanto González quanto Maduro se declararam vencedores da eleição. Os resultados da eleição não foram reconhecidos pelo Carter Center e pela Organização dos Estados Americanos devido à falta de resultados detalhados, sendo contestados pela oposição, que reivindicou a vitória e apresentou acesso às contagens de votos coletadas por observadores eleitorais de uma maioria dos centros de votação como prova.[10][16][17]
Após o anúncio dos resultados pelas autoridades eleitorais, protestos irromperam em todo o país, e o governo Maduro estabeleceu uma extensiva repressão com a continuidade de prisões de figuras políticas da oposição,[18] como também prisões de milhares de manifestantes[19][20] e perseguição e censura a imprensa local e internacional.[21]
No dia 1 de agosto, os Estados Unidos reconheceram a vitória de Edmundo González Urrutia, posteriormente os seguintes países: Uruguai, Costa Rica, Equador e Panamá reconheceram também a vitória dele, a Argentina chegou a reconhecer, mas voltou atrás sob a justificativa de esperar o desenrolar dos acontecimentos.[22] Além desses, outros 12 países, como também a União Europeia,[23] não reconhecem a vitória do Maduro.[24]
Outros 17 países, incluindo Brasil, Portugal, Colômbia, Suiça e outros evitaram tomar uma posição definitiva.[24]
No dia 5 de agosto, Edmundo González autoproclamou ser o presidente da Venezuela, medida tem caráter simbólico uma vez que somente o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano tem o poder de proclamar quem é o novo presidente.[25]