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Eleições legislativas portuguesas de 2011
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As eleições legislativas portuguesas de 2011, também designadas eleições para a Assembleia da República, decorreram no dia 5 de junho de 2011. A data foi definida pelo Presidente da República Portuguesa Aníbal Cavaco Silva a 31 de março de 2011.
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Eleições legislativas portuguesas de 2011 230 deputados da Assembleia da República | |||||||||||
5 de junho de 2011 | |||||||||||
Demografia eleitoral | |||||||||||
Hab. inscritos: | 9 624 354 | ||||||||||
Votantes : | 5 585 054 | ||||||||||
58.03% ![]() | |||||||||||
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Pedro Passos Coelho - PSD | ||||||||||
Votos: | 2 159 181 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 108 ![]() | ||||||||||
38.66% | |||||||||||
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José Sócrates - PS | ||||||||||
Votos: | 1 566 347 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 74 ![]() | ||||||||||
28.05% | |||||||||||
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Paulo Portas - CDS–PP | ||||||||||
Votos: | 653 888 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 24 ![]() | ||||||||||
11.71% | |||||||||||
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Jerónimo de Sousa - CDU | ||||||||||
Votos: | 441 147 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 16 ![]() | ||||||||||
7.90% | |||||||||||
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Francisco Louçã - BE | ||||||||||
Votos: | 288 923 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 8 ![]() | ||||||||||
5.17% | |||||||||||
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António Garcia Pereira - PCTP/MRPP | ||||||||||
Votos: | 62 610 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 0 | ||||||||||
1.12% | |||||||||||
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Paulo Borges - PAN | ||||||||||
Votos: | 57 995 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 0 | ||||||||||
1.04% | |||||||||||
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Outros | ||||||||||
Votos: | 131 093 | ||||||||||
Assentos obtidos: | 0 | ||||||||||
2.25% | |||||||||||
Mapa de Resultados | |||||||||||
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![]() Primeiro-Ministro de Portugal | |||||||||||
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Estas eleições foram antecipadas após o governo do PS, que não tinha a maioria absoluta, ver o chamado "PEC IV" chumbado (pacote de diversas medidas de austeridade para controlar a crise financeira que o país atravessava) após toda a oposição (PSD, CDS, BE, PCP e PEV) ter votado contra, levando a José Sócrates a pedir a sua demissão.[1][2] Após a convocação de eleições antecipadas, o governo de José Sócrates assinava um pedido de resgate ao FMI, UE e BCE no valor de 78 mil milhões.[3] Ao governo do PS, PSD e CDS juntaram-se na assinatura ao pedido do resgate.[3]
Numas eleições marcadas por uma forte abstenção (superior a 40% pela primeira vez na história[4]), o PSD, liderado por Pedro Passos Coelho, obteve uma vitória incontestável ao obter 38,7% dos votos e 108 deputados.[5] O PSD venceu em 19 dos 22 círculos eleitorais, incluindo em distritos como Porto, Lisboa, Coimbra e Castelo Branco onde já não vencia desde 1991. Apesar da vitória folgada, o PSD não tinha maioria absoluta mas conseguiu formar um governo de coligação com o CDS que voltou a obter um excelente resultado.[6] O CDS de Paulo Portas voltava a crescer e obtinha mais de 11% e 24 deputados, o melhor resultado eleitoral desde 1983.
O PS, com José Sócrates novamente à frente, obtinha o seu pior resultado eleitoral desde 1987 e pela primeira vez desde 1991 ficava abaixo dos 30%, ao conseguir apenas 28,1% dos votos e 74 deputados. Os socialistas apenas venceram nos círculos de Beja, Évora e Setúbal e viram-se completamente arrasados em muitos dos seus bastiões como Castelo Branco, Coimbra ou Portalegre. A dimensão da derrota levou a José Sócrates a pedir a sua demissão como líder do PS na própria noite eleitoral.[7]
À esquerda do PS, os resultados foram mistos. A CDU ou PCP-PEV continuava o seu percurso de ligeira ascensão iniciada em 2005 e voltava a eleger mais um deputado, neste caso pelo distrito de Faro algo que não acontecia desde 1987.[8] Quanto ao Bloco de Esquerda foi um dos grandes derrotados da noite a par do PS ao perder metade do eleitorado e dos deputados que obteve em 2009 ao ficar-se pelos 5,2% e 8 deputados.[9]
Por fim, destacar os resultados do histórico PCTP/MRPP e do recém-formado Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) que falharam por pouco a eleição de um deputado no círculo de Lisboa.[10][11]