Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1982
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As eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1982 ocorreram em 15 de novembro como parte das eleições gerais em 23 estados brasileiros e nos territórios federais do Amapá e Roraima.[nota 1] Foram eleitos o governador Jair Soares, o vice-governador Cláudio Strassburger, o senador Carlos Chiarelli, 32 deputados federais e 56 deputados estaduais, além de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. À época as eleições majoritárias possuíam apenas um turno e em Porto Alegre e outros vinte e quatro municípios não houve eleição para prefeito.[nota 2] Foi a primeira eleição direta para o executivo estadual desde Ildo Meneghetti em 1962.
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15 de novembro de 1982 (Turno único) | ||||
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Candidato | Jair Soares | Pedro Simon | ||
Partido | PDS | PMDB | ||
Natural de | Porto Alegre, RS | Caxias do Sul, RS | ||
Vice | Cláudio Strassburger | Odacir Klein | ||
Votos | 1.294.962 | 1.272.319 | ||
Porcentagem | 38,16% | 37,49% | ||
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Candidato mais votado por município (244):
Jair Soares (114) | ||||
Titular Eleito | ||||
Natural de Porto Alegre o advogado e dentista Jair Soares logrou a única vitória do PDS ao Palácio Piratini embora o Rio Grande do Sul tenha sido governado pela ARENA ao longo do Regime Militar de 1964. Porém a presença do MDB trouxe certo equilíbrio a esse cenário haja vista as eleições para senador vencidas pela oposição em 1974 e 1978, contudo a divisão entre o PMDB do senador Pedro Simon e o PDT do deputado federal Alceu Collares permitiu o triunfo dos governistas cujo candidato obteve sua dupla graduação na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Outrora jogador de futebol entrou no serviço público via Secretaria de Obras Públicas do Rio Grande do Sul em 1952, ano onde aderiu ao PSD nele permanecendo até a criação da ARENA.[1]
Deslocado para servir na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul trabalhou no gabinete da presidência da casa e com a segunda vitória de Ildo Meneghetti ao governo em 1962 foi para a chefia de gabinete do Instituto Rio Grandense do Arroz e nos governos de Peracchi Barcelos e Euclides Triches foi, respectivamente, Secretário de Administração e Secretário de Saúde, mantido nesse último cargo por Sinval Guazzelli. Eleito deputado federal em 1978 licenciou-se para assumir o Ministério da Previdência Social no governo João Figueiredo.[1]
O novo senador gaúcho é Carlos Chiarelli nascido em Pelotas e formado em 1962 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pós-graduação no exterior e doutorado pela instituição onde se formou. Professor e vice-reitor da Universidade Católica de Pelotas deixou o cargo quando Arnaldo Prieto o convidou para ocupar a Secretaria das Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho no primeiro ano do Governo Ernesto Geisel até a decisão do governador Sinval Guazzelli em nomeá-lo Secretário do Trabalho e Ação Social.[2] Eleito deputado federal pela ARENA em 1978 migrou para o PDS e venceu a disputa para senador ao impedir a reeleição de Paulo Brossard e uma vez empossado ficou ao lado de Pedro Simon e Tarso Dutra, este último falecido pouco depois e substituído por Otávio Cardoso.
Em 1982 foram observados o voto vinculado, a sublegenda, impediram as coligações partidárias e foi ainda o último pleito onde os gaúchos domiciliados no Distrito Federal tiveram seus votos remetidos ao Rio
Grande do Sul por meio de urnas especiais.[3] Como informação derradeira temos que os três derrotados ao governo chegariam ao Piratini em disputas posteriores.
Eleição para o Senado no Rio Grande do Sul em 1982 | ||||
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Líder | Carlos Chiarelli | Paulo Brossard | ||
Partido | PDS | PMDB | ||
Natural de | Pelotas, RS | Bagé, RS | ||
Votos | 906.791 | 1.209.432 | ||
Porcentagem | 27,82% (Candidato)
39,02% (Sublegenda) |
37,11% | ||
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Carlos Chiarelli
Paulo Brossard
Getúlio Dias
Alberto Hoffmann | ||||
Titular(es) Eleito(s) | ||||