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Eleftherios Kyriakou Venizelos (em grego: Ελευθέριος Βενιζέλος; 23 de agosto de 1864 — 18 de março de 1936) foi um político e estadista grego que ocupou o cargo de primeiro-ministro da Grécia em vários períodos na primeira metade do século XX, servindo oito mandatos.[1] É considerado um dos "pais do Estado Grego Moderno".[2][3]
Elefthérios Venizélos | |
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Elefthérios Venizélos | |
Primeiro-ministro da Grécia | |
Período | 1º - 18 de Outubro de 1910 – 10 de Março de 1915 2º - 23 de Agosto de 1915 – 7 de Outubro de 1915 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 23 de agosto de 1864 Vila de Mournies, em Chania, Creta, então parte do Império Otomano (atual Grécia) |
Morte | 18 de março de 1936 (71 anos) Paris, França |
Nacionalidade | grego |
Alma mater | Universidade de Atenas |
Cônjuge | Maria Katelouzou (1891–1894) Helena Schilizzi (1921–1936) |
Filhos(as) | Kyriakos Venizelos Sophoklis Venizelos |
Partido | Liberal |
Sua ascensão política começou no processo de autonomia do Estado de Creta, quando a ilha se separou do Império Otomano. Ele foi uma das figuras principais que pediram a união entre Creta e a Grécia. Em seguida, num período de tumulto e instabilidade política, Venizélos foi escolhido como primeiro-ministro em 1910. Agora como chefe de governo do seu país, ele começou a modernizar a nação, reformando a economia, o exército e a constituição. Venizélos ajudou a negociar a formação da Liga Balcânica que, entre 1912 e 1913, travou uma violenta guerra contra os Otomanos, que terminou com a anexação das regiões da Macedônia, Epiro e as Ilhas Egeias, que levou a população grega a quase dobrar de tamanho.[4]
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Grécia se dividiu entre aqueles que queriam apoiar os Impérios Centrais e aqueles que simpatizavam com os Aliados. Embora o rei Constantino I apoiasse uma aproximação do seu país com a Alemanha, Venizélos e seu governo deixaram claro que uma aliança com o Reino Unido e a França seria mais vantajoso.[5][6] Essa disputa levou a chamada "Cisma Nacional". Em 1917, sob pressão de Venizélos, Constantino renuncia em favor do filho, Alexandre, que se torna um rei fantoche nas mãos do governo grego. Agora do lado dos Aliados, a Grécia ganha o favor das potências ocidentais e anexa vários novos territórios, especialmente na Anatólia, quando a Grande Guerra acaba.[7]
Apesar do sucesso na guerra, Venizélos e o Partido Liberal perderam as eleições de 1920, resultando na desestabilização do país e levou a derrota na Guerra Greco-Turca de 1919–1922. Venizélos então vai para um exílio auto-imposto, mas ajuda na negociação do Tratado de Lausanne.[5][8]
Elefthérios Venizélos voltou para o cargo de primeiro-ministro mais quatro vezes entre 1924 e 1933. Neste período, buscou melhorar a relação do seu país com seus vizinhos, presou pela estabilidade nacional e foi uma peça importante na queda da monarquia e o nascimento da Segunda República Helênica. Porém, em um erro de cálculo político, apoiou uma tentativa de golpe de estado em 1935 que enfraqueceu a república e permitiu a restauração da monarquia naquele ano.[8] Venizélos faleceu no exílio, em 1936, na França.
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