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Dragon é a designação de uma espaçonave capaz de levar carga e/ou uma tripulação de até sete pessoas à uma órbita terrestre baixa (LEO). Ela tem a capacidade de se ligar aos segmentos não-russos da Estação Espacial Internacional. A Dragon foi desenvolvida e é fabricada pela SpaceX, uma empresa privada Norte americana.
Dragon | |
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Uma Dragon variante CRS em aproximação da ISS em Maio de 2012. | |
Origem | |
País | Estados Unidos |
Fabricante | SpaceX |
Operação | |
Transportar carga e astronautas para a ISS e trazê-los de volta. | |
Tipo de missão | |
Versão específica para transporte espacial | |
Características físicas | |
Altura | 6,1 m |
Diâmetro | 3,7 m |
Volume | 10 m3 pressurizados e 14 m3 não pressurizados |
Massa | 4.200 kg |
Carga útil | 3.310 kg na subida e 2.500 kg na descida |
O diretor e executivo e dono da SpaceX, Elon Musk, batizou a espaçonave como Dragon, em referência à música "Puff, the Magic Dragon" (1963) de Peter, Paul and Mary, como resposta aos críticos que consideravam seus projetos de voos espaciais impossíveis.[1]
A variante Dragon CRS é projetada especificamente para voos de carga para a ISS. A capsula é capturada pelo Canadarm2, usando um artefato específico do tipo "presilha", e acopla a Dragon ao segmento orbital Norte americano usando um mecanismo do tipo "common berthing mechanism".[2] A Dragon CRS, não possui meios de manter uma atmosfera para astronautas. Ela usa a atmosfera da ISS quando acoplada.[3] Nas missões típicas, a expectativa é de que a Dragon CRS permaneça acoplada à ISS por 30 dias.[4]
A intenção da variante DragonLab, é atuar em outras missões não tripuladas que não sejam para a NASA nem para a ISS.[5] A DragonLab é uma espaçonave reutilizável, com controle de voo e capaz de transportar cargas úteis pressurizadas ou não. Em Agosto de 2013, havia duas missões para a DragonLab listadas na carteira da SpaceX: uma em 2016 e outra em 2018.[6]
A DragonRider, é a versão tripulada da Dragon. Vai suportar uma tripulação de sete pessoas ou uma combinação de tripulação e carga.[8][9] Está planejada para executar voos autônomos automáticos ou manuais, executando manobras de acoplamento.[5][10]
Para missões típicas, está previsto que a DragonRider permaneça acoplada à ISS por um período de 180 a 210 dias, o mesmo que a Soyuz já faz hoje.[11][12][13]
A SpaceX planeja usar um sistema de escape no lançamento integrado à espaçonave, defendendo muitas vantagens deste sobre o sistema de torre de tração destacável usado na maioria dos voos tripulados de espaçonaves anteriores.[14][15][16] Essas vantagens incluem: a disponibilidade de um sistema de escape durante todo o voo até a órbita, reutilização do sistema de escape, melhoria na segurança da tripulação eliminando um sistema de separação de estágio, a possibilidade de usar os motores do sistema de escape como retro foguetes durante um pouso em terra firme.[17] Um paraquedas de emergência vai ser mantido como um sistema redundante e para pousos na água.[17]
A Paragon Space Development Corporation está dando assistência no desenvolvimento do sistema de suporte à vida da DragonRider.[18] A SpaceX está em negociação com fornecedores de material orbital para o desenvolvimento de um traje espacial a ser usado durante o lançamento e a reentrada. [19] Em uma conferência da NASA em 18 de Maio de 2012, a SpaceX confirmou novamente que o seu objetivo é manter o preço do lançamento de missões usando a DragonRider em US$ 140.000.000,00 ou US$ 20.000.000,00 por assento com uma tripulação máxima de 7 pessoas a bordo. Em contraste com os US$ 63.000.000,00 por assento para uma astronauta da NASA, pagos em um lançamento usando a espaçonave Soyuz.[20]
No dia 8 de dezembro de 2010, um foguete Falcon 9 carregando a cápsula Dragon foi lançado de Cabo Canaveral na Florida. A operação foi um sucesso e a Dragon se separou do foguete aproximadamente 10 minutos após o lançamento. Após completar duas órbitas ao redor da Terra a cápsula retornou pousando no Oceano Pacífico. Foi a primeira vez na história que uma espaçonave privada atingiu a órbita e foi trazida de volta para a superfície.[21][22] Em dezembro de 2011, a NASA anunciou a intenção de lançar uma espaçonave "Dragon" para abastecer a Estação Espacial Internacional, tornando-se assim a primeira missão comercial e privada para esse fim.[23]
O início da segunda missão, que incluiu um acoplamento com a Estação Espacial Internacional (ISS), era inicialmente planejado para 19 de maio de 2012. Foi a primeira tentativa de uma empresa privada para enviar uma cápsula de reabastecimento à Estação Espacial. O lançamento foi abortado pouco após a ignição, devido à alta pressão no motor de combustão da câmara 5.[24]
Em 22 de maio de 2012 ocorreu a segunda tentativa de lançamento do foguete Falcon 9. A cápsula não tripulada Dragon atingiu a órbita terrestre dez minutos após seu lançamento a partir do Cabo Canaveral.[25] A cápsula foi então capturada pelo braço robótico Canadarm2, atingindo com sucesso o objetivo de ser o primeiro voo privado para a Estação.[26] Esta missão, que incluiu o transporte de alimentos, abastecimentos e experiências para a ISS, que orbita a 385 quilômetros da Terra, foi um passo para a privatização da exploração espacial. A NASA encerrou no fim de 2011, após três décadas, o seu programa de viagens espaciais e a empresa SpaceX, com sede em Hawthorne (Califórnia), recebeu um contrato de 1,6 bilhões de dólares do programa de Serviços de Transportes de Órbita Comerciais (COTS) para a fabricação da cápsula Dragon e 12 missões de provisionamento da ISS.[24]
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