Cálculo renal
formação de "pedras" minerais no sistema urinário / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Calculose renal, conhecida vulgarmente por pedra no rim, é a presença no trato urinário de um cálculo formado a partir de sais minerais presentes na urina.[2] Os cálculos renais formam-se no rim e são geralmente expelidos do corpo na urina.[2] Os cálculos de pequena dimensão podem passar pelo trato urinário sem causar sintomas.[2] No entanto, quando um cálculo cresce mais do que 5 mm pode causar o bloqueio da uretra, provocando dor intensa na parte inferior e posterior do abdómen.[2][7] A presença de um cálculo pode também causar sangue na urina, vómitos ou dor ao urinar.[2] Cerca de metade das pessoas com episódios de calculose renal apresenta um novo episódio no prazo de dez anos.[8]
Calculose do rim | |
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Cálculo renal com 8 mm de diâmetro | |
Sinónimos | Calculose renal, calculose do rim e da uretra, urolitíase[1] |
Especialidade | Urologia, nefrologia |
Sintomas | Dor intensa na parte de trás inferior do abdómen, sangue na urina, vómitos[2] |
Causas | Fatores genéticos e ambientais[2] |
Método de diagnóstico | Com base nos sintomas, análises à urina, imagiologia[2] |
Condições semelhantes | Aneurisma da aorta abdominal, diverticulite, apendicite, pielonefrite[3] |
Prevenção | Beber líquidos de forma a que seja produzidos mais de 2 litros de urina por dia[4] |
Tratamento | Analgésicos, litotripsia, ureteroscopia, nefrolitotomia percutânea[2] |
Frequência | 22,1 milhões (2015)[5] |
Mortes | 16 100 (2015)[6] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | N20.0 – N20.9 |
CID-9 | 592.0 – 594.9 |
CID-11 | 389168514 |
OMIM | 167030 |
DiseasesDB | 11346 |
MedlinePlus | 000458 |
eMedicine | med/1600 |
MeSH | D052878 |
Leia o aviso médico |
A formação de maior parte dos cálculos tem origem numa combinação de fatores genéticos e ambientais.[2] Entre os fatores de risco estão a quantidade excessiva de cálcio na urina, obesidade, determinados alimentos, alguns medicamentos, suplementos de cálcio, hiperparatiroidismo, gota e não ingerir líquidos em quantidade suficiente.[2][8] Os cálculos formam-se no rim quando existem elevadas concentrações de minerais na urina.[2] O diagnóstico baseia-se geralmente nos sinais e sintomas, análises à urina e exames imagiológicos.[2] Em alguns casos podem ser realizadas análises ao sangue.[2] Os cálculos podem ser classificados de acordo com a sua localização: nefrolitíase (no rim), uretrolitíase (na uretra), cistolitíase (na bexiga); ou em função da sua composição química (oxalato de cálcio, ácido úrico, estruvite, cistina).[2]
Em pessoas com antecedentes de cálculos renais, a prevenção consiste em beber líquidos de forma a produzir mais de dois litros de urina por dia.[4] Quando isto não é suficientemente eficaz, podem ser administrados tiazida, citrato ou alopurinol.[4] Recomenda-se que sejam evitados os refrigerantes que contenham ácido fosfórico, como as bebidas de cola.[4] Quando um cálculo não causa sintomas, não é necessário tratamento.[2] Quando causa sintomas, geralmente a primeira medida é a administração de analgésicos como anti-inflamatórios não esteroides ou opioides.[7][9] Para auxiliar a passagem de cálculos de maior dimensão podem ser administrados medicamentos como a tamsulosina[10] ou realizadas intervenções como a litotripsia, ureteroscopia ou nefrolitotomia percutânea.[2]
Em todo o mundo, entre 1% e 15% das pessoas são afetadas por um cálculo renal pelo menos uma vez na vida.[8] Em 2015 ocorreram 22,1 milhões de casos,[5] responsáveis por cerca de 16 100 mortes.[6] Desde a década de 1970 que a condição se tem tornado cada vez mais comum no Mundo Ocidental.[8] Geralmente afeta mais homens que mulheres.[2] As primeiras descrições da realização de cirurgias para remover cálculos renais datam de 600 a.C.[1]