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indivíduo que abre covas no cemitério Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Coveiro é um trabalhador dos cemitérios, responsável - dentre outras atividades - pela preparação das covas e dos túmulos durante um funeral.
Os coveiros utilizam várias ferramentas(pá, enxada, escada e etc.) para realizar sua atividade: um molde, na forma de um quadro de madeira, é frequentemente colocado para a abertura da cova e tendas são utilizadas em dias de chuva. São responsáveis pela abertura (apenas quando forem utilizadas) das covas e sepulturas realizando respectivamente a exumação, a limpeza e sepultamento,[1] não é de competência dos coveiros desempenhar a limpeza e jardinagem do cemitério, esta é uma função do auxiliar de serviços gerais pesado (ASG) e/ou jardineiro.[2] A profissão não costuma oferecer preparação emocional para os desafios de enterrar as pessoas e costuma ser mal-remunerada.[3]
Um dos romances de Barbara Paul foi intitulado First Gravedigger.[13] O trabalho de coveiro é frequentemente usado como tema na ficção criminal e detetivesca. Gravedigger Jones é um dos dois detetives negros apresentados no conjunto de romances "Harlem cycle", escritos por Chester Himes.[14] Seu parceiro nos romances é Coffin Ed Johnson e a dupla muitas vezes se envolve em confrontos violentos.
Em função seu sua associação com a morte, os coveiros têm aparições notáveis em obras literárias. Talvez a mais famosa seja a do Ato 5, Cena 1 em Hamlet, de Shakespeare, na qual Hamlet e Horatio dialogam com um coveiro que cava a vala de Ofélia. Depois de dialogar com o coveiro, a cena termina com um solilóquio de Hamlet sobre o círculo da vida após a descoberta do crânio de seu querido bobo da corte, Yorick, desencavado pelo coveiro.[15]
Na terminologia do marxismo, uma classe revolucionária ascendente está destinada a suplantar a classe dominante anterior é frequentemente referida como "coveira" da classe anterior. Assim, o papel histórico da burguesia de "coveira do feudalismo", tendo depois criado uma vasta e explorada classe trabalhadora, destinada a organizar e a promover uma revolução, teria feito com que a burguesia inevitavelmente criasse sua própria "coveira".[16]
Este uso metafórico de "coveiro", alem de atestado nos escritos de Karl Marx, teve continuidade no mesmo sentido por Lênin, Trotsky e muitos outros líderes e teóricos marxistas.
Uma várias sociedades no mundo todo, os coveiros sofrem grande discriminação social, frequentemente pertencendo, às classes sociais tidas como mais baixas e tidos como "impuros".[17] Na Índia, tradicionalmente, os coveiros pertencem à casta dos intocáveis. No Japão feudal, abrir covas era uma das profissões "impuras" historicamente atribuídas à classe dos burakumin. Outros exemplos podem ser encontrados no Egito antigo.
↑ Como mostrado numa placa postada no cemitério, cf. graveyards.com (foto 10 de 10)
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