António Bernardo da Costa Cabral
nobre e político português (1803-1889) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
António Bernardo da Costa Cabral ComNSC (Fornos de Algodres, Algodres, 9 de Maio de 1803 – Porto, 1 de Setembro de 1889), o 1.º conde e 1.º marquês de Tomar, mais conhecido simplesmente por Costa Cabral, foi um político português que, entre outros cargos e funções, foi deputado, par do Reino, conselheiro de Estado efectivo, ministro da Justiça e Negócios Eclesiásticos, ministro do Reino e presidente do Conselho de Ministros. Defensor da Revolução de Setembro de 1836, a sua conduta política evoluiu num sentido mais moderado e, depois de nomeado administrador de Lisboa, foi o principal obreiro da dissolução da Guarda Nacional. Durante o seu primeiro mandato na presidência do ministério, num período que ficaria conhecido pelo Cabralismo, empreendeu um ambicioso plano de reforma do Estado, lançando os fundamentos do moderno Estado português. Considerado um valido da rainha D. Maria II, apesar das suas origens modestas, foi feito conde de Tomar e depois elevado a marquês de Tomar. Foi uma das figuras mais controversas do período de consolidação do regime liberal, admirado pelo seu talento reformador, mas vilipendiado e acusado de corrupção e nepotismo por muitos. Foi obrigado a exilar-se em Madrid na sequência da Revolução da Maria da Fonte, mas voltaria poucos anos depois, demonstrando uma extraordinária capacidade de recuperação e persistência, a ocupar a chefia do governo.
António Bernardo da Costa Cabral | |
---|---|
1.º marquês de Tomar | |
Presidente do Conselho de Ministros de Portugal | |
Período | 18 de junho de 1849 até 26 de abril de 1851 |
Antecessor(a) | Duque de Saldanha |
Sucessor(a) | Duque da Terceira |
Dados pessoais | |
Nascimento | 9 de maio de 1803 Algodres, Fornos de Algodres, Portugal |
Morte | 1 de setembro de 1889 (86 anos) Porto, Portugal |
Nacionalidade | Português |
Progenitores | Mãe: Francisca Vitória Rebelo da Costa Corte-Real Pai: António Bernardo da Silva Cabral |
Alma mater | Universidade de Coimbra |
Esposa | Louise Mitchell Meredith Read (1816-1885) |
Partido | Setembrista (inicialmente) Cartista (depois) |
Profissão | Advogado, magistrado e diplomata |
Títulos nobiliárquicos | |
1.º conde de Tomar | 8 de setembro de 1845 |
1.º marquês de Tomar | 11 de julho de 1878 |
A figura preponderante deste estadista na política portuguesa durante a primeira fase da monarquia constitucional permite afirmar que em torno dela girou toda a política de consolidação institucional do liberalismo que caracterizou o reinado de D. Maria II. Foi, a partir de 1841, Grão-Mestre da Maçonaria.