Corolário Roosevelt
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O Corolário Roosevelt foi um postulado de política externa, em adição à Doutrina Monroe, de autoria do presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt. Conjugado com a Política do Grande Porrete (em inglêsː Big Stick Diplomacy), o Corolário foi o marco de um período de controle direto dos EUA sobre os países latino-americanos.
Segundo a Doutrina Monroe, enunciada por James Monroe em 1820, as nações da América deveriam, a partir de então, ser isentas de nova colonização europeia. Como consequência dessa doutrina, os Estados Unidos se comprometiam com a independência e a integridade das nações americanas perante o expansionismo das potências europeias.
Roosevelt vinculou sua política à Doutrina Monroe, e também foi consistente com sua política externa incluída em sua Diplomacia Big Stick. Roosevelt afirmou que, de acordo com a Doutrina Monroe, os Estados Unidos estavam justificados em exercer "poder de polícia internacional" para pôr fim à agitação crônica ou irregularidades no Hemisfério Ocidental.
O Corolário Roosevelt foi expresso na Mensagem Anual do Presidente ao Congresso dos EUA de 1904. Os Estados Unidos se declararam dispostos a ocupar militarmente países que estivessem passando por uma crise devido a sua dívida externa. Na Mensagem, Roosevelt expressou sua convicção de que uma nação que consegue manter a ordem e cumprir com suas obrigações não precisa temer a interferência dos Estados Unidos. No entanto, uma "nação civilizada" como os Estados Unidos teria que assumir o papel de "polícia do mundo", e ser obrigada a intervir, no caso de um enfraquecimento dos laços da sociedade civilizada em outros países.[1]
E aduz que os Estados Unidos só interfeririam diretamente em último caso, se fossem violados os direitos dos Estados Unidos ou se um mau comportamento das nações da América provocasse a intervenção de credores europeus, em violação da Doutrina Monroe.