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organização indigenista brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) é um órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.
Foi criado pela CNBB no ano de 1972 com o objetivo de lutar pelo direito à diversidade cultural dos povos indígenas. Busca fortalecer a autonomia destes povos na construção de projetos alternativos, pluriétnicos, populares e democráticos frente ao desrespeito a seus direitos e à tentativa de integração destes povos à sociedade majoritária.
O Cimi conta atualmente com aproximadamente 418 missionários leigos e religiosos, compondo 114 equipes de área localizadas em várias regiões do país.[1] Através do Secretariado Nacional e dos secretariados regionais, o Cimi oferece aos missionários, índios e suas organizações apoio e assessoria nas áreas jurídica, teológica, antropológica, de comunicação, formação, educação, saúde e documentação.
São membros do Cimi:
A atuação do Cimi se dá nas estruturas da Igreja, do Estado e da sociedade, no intuito de unificar a ação missionária junto aos índios, intervir nas ações do Legislativo, Executivo e Judiciário que atinjam os interesses dos índios e estimular os diversos setores sociais para que se solidarizem com a causa indígena.
O Cimi publica os periódicos Porantim,[2] especializado na questão indígena, e o Boletim Mundo, editado em quatro idiomas (espanhol, português, inglês e italiano).
Os princípios que fundamentam a ação do Cimi são:[3]
- o respeito a alteridade indígena em sua pluralidade étnico-cultural e histórica e a valorização dos conhecimentos tradicionais dos povos indígenas;
- o protagonismo dos povos indígenas sendo o Cimi um aliado nas lutas pela garantia dos direitos históricos;
- a opção e o compromisso com a causa indígena dentro de uma perspectiva mais ampla de uma sociedade democrática, justa, solidária, pluriétnica e pluricultural.
O objetivo geral da atuação do Cimi foi assim definido pela Assembléia Nacional de 1995:
Esse objetivo geral se desdobra nos seguintes objetivos específicos:
I - Articular, animar e assessorar a ação dos (das) missionários(as) junto aos povos indígenas, valorizando os seus projetos históricos, através do diálogo inter-religioso e inter-cultural e do processo de inculturação;
II - Testemunhar a Boa Nova de Jesus Cristo, portador de vida plena para todos, e anunciar, em linguagem inculturada, os valores do Evangelho, como a justiça, a solidariedade, a promoção da paz e da concórdia, entre outros, como expressão da missão servidora da Igreja;
III - Conhecer e respeitar os direitos e as culturas dos povos indígenas;
IV - Comprometer-se com o protagonismo e a autonomia dos povos indígenas;
V - Assistir e assessorar os povos indígenas e suas organizações, em suas necessidades e em seus processos educativos, de forma específica, integral e articulada;
VI - Buscar, em espírito de ecumenismo, a colaboração com as missões de outras denominações cristãs e de outros credos, abertos ao diálogo inter-religioso e intercultural;
VII - Manter a atitude profética na defesa dos povos indígenas;
VIII - Promover a formação permanente, integral e específica dos(as) missionários(as);
IX - Providenciar assessoria técnica e jurídica aos povos indígenas, na defesa dos seus direitos e do patrimônio indígena;
X - Promover, na opinião pública, um maior conhecimento da realidade dos povos indígenas;
XI - Planejar e realizar encontros e estudos de Pastoral Indigenista e sobre a realidade dos povos indígenas;
XII - Colaborar com a Comissão Episcopal Pastoral para ação Missionária e a cooperação intereclesial, assim como com organismos similares das Igrejas Irmãs do Continente, na análise e formulação das orientações da Pastoral Indigenista, no relacionamento com os povos indígenas e no aprofundamento da natureza missionária da Igreja;
XIII - Proteger o meio ambiente, o consumidor, o patrimônio público e social, artístico, estético e histórico, bem como outros interesses difusos e coletivos.
Compõem a administração do Conselho Indigenista Missionário, após a XXV Assembleia Geral:[5]
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