Conflito em Chipre
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O conflito em Chipre ou questão cipriota refere-se à disputa entre a República de Chipre e a Turquia acerca da ocupação turca do norte da ilha.[1] Trata-se de uma situação de real tensão e, eventualmente, guerra entre as comunidades greco-cipriota (maioria) e turco-cipriota (minoria) da ilha do Chipre que perdura desde 1963 até os dias atuais.
Conflito em Chipre | |||||
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Participantes do conflito | |||||
Chipre do Norte | República de Chipre |
Desde a chegada dos britânicos à ilha de Chipre, a "Disputa por Chipre" foi identificada como um conflito entre os povos de Chipre e o Império Britânico pela demanda dos cipriotas por autodeterminação. A questão, porém, finalmente passou de uma disputa colonial a uma disputa étnica entre os habitantes turcos e gregos da ilha.[2] As complicações internacionais do alongamento do conflito vão muito além das fronteiras da ilha de Chipre e envolvem-se potências (Turquia, Grécia e Reino Unido), juntamente com os Estados Unidos, as Nações Unidas e a União Europeia.[3]
Com a invasão de 1974 (condenada pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU como legalmente inválida), a Turquia ocupou a parte norte da República de Chipre reconhecida internacionalmente, e mais tarde sobre esses territórios a comunidade turca de Chipre declarou unilateralmente a independência formando a República Turca do Chipre do Norte (RTNC), uma entidade soberana que carece de reconhecimento internacional, com exceção da Turquia com a qual goza de plenas relações diplomáticas. Após as duas comunidades e os países envolvidos na questão se comprometeram em encontrar uma solução pacífica sobre a disputa, as Nações Unidas, desde então, criou e mantêm uma "zona-tampão" (a "Linha Verde") para evitar mais tensões e hostilidades entre as comunidades. Esta zona tampão das Nações Unidas, que corta o país, criou uma barreira física e social entre as comunidades grego-cipriota e turco-cipriotas e também separou o país: o governo grego-cipriota controlando sul, formando a República de Chipre (reconhecida internacionalmente e membro da UE) e os militares turcos ocupando o terço norte da ilha.