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colégio em Manaus, AM, Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Colégio Militar de Manaus (CMM) é uma escola do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB). O Colégio é uma unidade do Exército Brasileiro e é subordinado à Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.
Este artigo ou parte de seu texto pode não ser de natureza enciclopédica. (Janeiro de 2016) |
Colégio Militar de Manaus | |
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CMM | |
Informação | |
Localização | Manaus Amazonas |
Fundação | 1971, pelo Cel Art Jorge Teixeira de Oliveira |
Lema | "Formar os líderes do amanhã, segundo os valores e as tradições do Exército Brasileiro" |
Afiliações | Sistema Colégio Militar do Brasil |
Condecorações | Ordem do Mérito Militar[1] |
Comandante | Coronel Alexandre Magno Deveza Pereira |
Página oficial | |
http://www.cmm.eb.mil.br/ |
Suas atividades iniciaram em abril de 1972, neste período somente homens estavam autorizados a ingressar no sistema. No ano de 1989, houve a primeira turma de mulheres, e, já no ano de 1995, a então aluna Ana Paula Machado de Aguiar se tornou a primeira mulher a atingir o mais alto posto dentre todos os colégios do SCMB: a graduação de Coronel Aluna.
Desde 1998 porta a insígnia da Ordem do Mérito Militar, concedida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.[1]
O CMM é um dos dois do SCMB localizados na Região Norte do Brasil, juntamente com o CMBel. Em seu organograma, o colégio possui uma Seção de Educação a Distância (SEAD), responsável por conduzir o Curso Regular de Educação a Distância (CREAD), sendo o único do sistema a oferecer um curso a distância; este tem por finalidade atender os alunos que se localizam em regiões que não são atendidas por um CM, tanto no interior da região amazônica como no exterior do Brasil. O CMM destaca-se entre os colégios irmãos de sistema, das outras instituições de ensino da capital amazonense e da Região Norte atingindo padrões elevados nas provas vestibulares e no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Ministério da Educação do Brasil (MEC).
HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DA SEAD NO CMM
Antes da criação do Curso Regular de Educação a Distância do Colégio Militar de Manaus (CREAD/CMM), uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos militares designados para servir em áreas pioneiras da Amazônia, em especial nos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), era encontrar escolas que pudessem atender seus filhos (dependentes) em idade escolar, no nível fundamental e médio. Devido à sua importância estratégica, na década de 1970, novas unidades militares foram criadas na Região Amazônica, tendo como consequência a ampliação dos efetivos militares. Para apoiar a família desses militares lotados nas antigas e recém-criadas organizações militares, especialmente as localizadas em áreas isoladas, em regiões de fronteiras, sem capacidade de oferecer uma educação de qualidade, a região recebe o primeiro Colégio Militar fora da faixa leste do território nacional (regiões Sul, Sudeste e Nordeste) e o local escolhido foi a cidade de Manaus. Assim, o Colégio Militar de Manaus (CMM) é criado pelo decreto nº 68.996, de 2 de agosto de 1971. Nesse contexto, o atendimento aos alunos, cujos pais serviam nas áreas de fronteira na Amazônia, era feito no regime de internato, e dessa forma o CMM hospedava crianças e jovens em tempo integral para oferecer uma educação de qualidade, além da proteção social, moradia, alimentação e atendimento médico, mas, no entanto, não supria a ausência parental. No ano de 2002, autorizado pelo Ministério da Educação, foi criado o CREAD para os alunos da Educação Básica que estão juntos aos pais militares nas regiões mais remotas da Amazônia. Por conseguinte, a criação do CREAD permitiu que o regime de internato, já sob pressão das demandas legais, fosse extinto paulatinamente e os alunos pudessem acompanhar suas famílias em qualquer ponto da Amazônia, e de forma concomitante, ter acesso ao ensino de qualidade, mas na modalidade a distância. Dessa forma, em 2004, o CMM deu início ao processo de extinção do regime de internato para os alunos do ensino fundamental, e posteriormente, em 2006, para os alunos do ensino médio, pondo fim ao internato no CMM nesse ano.
A criação do CREAD demonstrou ser a solução que se alinhava ao pioneirismo do Exército Brasileiro que, desde antes do uso efetivo da internet para fins educacionais, já se destacava na utilização da educação a distância, conforme estabelecido na Portaria N º 030-DEP, de 25 de setembro de 1995, que aprovou as Normas para Funcionamento do Sistema de Ensino a Distância no Exército Brasileiro, na Lei Nº 9.786, de 08 de fevereiro de 1999 - Lei do Ensino do Exército e no Decreto Nº 3.182, de 23 de setembro de 1999 - Regulamento da Lei do Ensino do Exército. Cabe destacar ainda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que passou a contemplar a possibilidade da adoção dessa modalidade de ensino, como de caráter temporário e excepcional, listando o que se enquadra nesses critérios.
O projeto de criação do CREAD se deu a partir de julho de 2001 quando o Comandante e Diretor de Ensino do Colégio Militar de Manaus era o Cel Cav José Antonio Braga. A partir de janeiro de 2002, coube ao Cel Com Álvaro Magalhães Porto a implementação efetiva do projeto. Neste contexto, destacam-se a participação do Cel R1 Cel Levi Nunes da Silva e do Ten Cel R1 Robson Santos da Silva enquanto primeiros Chefes da Seção de Ensino a Distância. Assim, entre 2002 e 2003, o projeto atendeu a jovens que estavam cursando a segunda etapa do ensino fundamental e acompanhavam seus pais em 38 localidades da Amazônia. Posteriormente, a partir de 2004, também os dependentes de militares que estavam no exterior, cursando o ensino fundamental, foram matriculados no CREAD. Por sua vez, a partir de 2005, o ensino fundamental também passou a ser oferecido no exterior. Finalmente, em 2006, o ensino médio foi implantado no exterior e o CREAD atingiu a configuração atual: oferecer todas os anos do ensino fundamental II e ensino médio para alunos residentes no Brasil e no exterior.
Ressalta-se que, nos primórdios, a estrutura recém-criada atendia apenas o ensino fundamental da área amazônica e era organizada em forma de remessas dos livros didáticos, das avaliações e da documentação de matrícula via Correios. Ou seja, tudo ainda era por meio físico, sendo as avaliações, após respondidas, remetidas pelos alunos ao CMM, onde eram corrigidas e devolvidas aos remetentes. Registre-se, também, que não havia Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). O AVA é um programa de gestão responsável por simular um ambiente semelhante a uma sala de aula, de maneira digital. No CREAD, ele foi implantado no ano de 2005.
A evolução e ampliação gradativa do Projeto o conduziram à condição de Programa. A falta de escolas, a educação específica para a comunidade local (educação indígena, por exemplo) ou ainda a educação de outros países, implicando em estrutura curricular diferente em relação ao Brasil, justificavam a necessidade de sua existência. Reconhecendo o valor da ação e as possibilidades inerentes à educação a distância ministrada pelo CMM, entre 2006 e 2008, o Ministério da Educação e o Exército assinaram convênio para viabilizar também o atendimento das comunidades de quatro localidades onde se situam Pelotões Especiais de Fronteira que se localizam em áreas pioneiras, fronteira do Brasil com o Peru e com a Colômbia.
Cabe registrar que os motivos graves de saúde também podem e são atendidos pelo CREAD e mais recentemente, no ápice da pandemia do COVID-19, em particular, a portaria 121-DECEx – de caráter emergencial, permitiu ao atendimento daqueles dependentes de militares que ficaram desamparados por ocasião dos fechamentos de escolas em alguns Estados da Federação. Nessa época, inclusive, foi o período de maior número de alunos matriculados: 686 (seiscentos e oitenta e seis).
A evolução tecnológica e a melhoria da conectividade permitiram avanços significativos ao CREAD: as avaliações foram adaptadas para resolução no próprio ambiente virtual de aprendizagem (AVA), módulos que também foram criados para serem a sala de aula e a biblioteca virtual do aluno, onde estão depositados tutoriais a serem analisados e estudados pelo alunos. Por exemplo, nessa plataforma estão as videoaulas, as lives, o material didático digitalizado, o boletim, as orientações, ou seja, uma nova realidade que mudou a maneira de se ensinar a distância, minimizando a distância transacional (relação de interação professor-aluno que estão em lugares e tempos distintos).
Nessa trajetória, o CREAD obteve muitos prêmios na área da tecnologia da informação, desburocratização e economia sustentável, no Brasil, sendo reconhecido desde 2012 e até 2022, pelo Instituto Micropower – Transformação Digital, como “Referência Nacional” na área da educação a distância.
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