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Christian Petzold (Hilden, 14 de setembro de 1960) é um cineasta e roteirista alemão, considerado um dos principais expoentes do movimento cinematográfico contemporâneo conhecido como Escola de Berlim. Petzold recebeu, entre outros prêmios, o Urso de Prata de melhor diretor no Festival de Berlim, em 2012, pelo filme Barbara.
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Christian Petzold | |
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Christian Petzold, em 2014, no Festival de Cinema de San Sebastián. | |
Nascimento | 14 de setembro de 1960 Hilden |
Ocupação | Cineasta |
Festival de Berlim | |
Urso de Prata de Melhor Realizador 2012 |
Petzold nasceu em Hilden, mas cresceu em Haan, uma cidade vizinha, no estado da Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha. Após a conclusão do Ensino Médio, cumpriu o serviço civil no pequeno cineclube da Associação Cristã de Moços local, em 1979, exibindo filmes para jovens com problemas familiares.[1] Em 1981 mudou-se para Berlim, onde estudou teatro e letras alemães (Germanistik) na Universidade Livre de Berlim e, entre 1988 e 1994, cinema, na Academia de Cinema e Televisão (Deutsche Film und Fernsehakademie Berlin).
A sua estreia no cinema foi em 1995, com o filme Pilotinnen, que serviu como trabalho de conclusão de seu curso de graduação em cinema. Em 2005, seu filme Fantasmas (Gespenster) foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Berlim. Em 2007, Yella (Yella) recebeu a mesma honraria.
Petzold escreve os roteiros de seus próprios filmes, muitas vezes em cooperação com Harun Farocki, um ex-professor da Academia de Cinema e Televisão de Belim que exerceu grande influência em sua formação.
Enquanto os primeiros filmes de Petzold são geralmente associados a uma retomada do realismo e do cinema político, os filmes posteriores, a partir de A segurança interna (Die innere Sicherheit), destacam-se pela dualidade entre vida e morte. Em Fantasmas, a personagem principal leva a vida de um fantasma[2]; em Yella, a personagem principal já está possivelmente morta desde o princípio do filme. Os três filmes formam a chamada trilogia-Fantasma, que não foi planejada pelo cineasta[3].
Em 2008 Pezold realizou Jericow (Jericow), seu quarto trabalho com a colaboração de Nina Hoss, após Toter Mann, Wolfsburg e Yella. O drama trata do retorno de um soldado do Afeganistão para a planície do norte da Alemanha. Ele se envolve em um caso amoroso com uma mulher casada. O filme foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Veneza de 2008. Além disso, Petzold foi indicado ao Deutscher Filmpreis de melhor diretor em 2009[4].
Embora Petzold seja reconhecido exclusivamente por seu trabalho como diretor de cinema, ele também dirigiu uma versão da peça teatral O caminho solitário (Der einsame Weg), de Arthur Schnitzler, no Deutsches Theater, em Berlim. A montagem estrou em 14 de março de 2009 e contou com a atriz Nina Hoss em seu elenco.[5]
Em agosto de 2010 foram iniciados os trabalhos de filmagem do projeto Dreileben, do qual também participaram os cineastas Dominik Graf e Christoph Hochhäusler. Cada um contribuiu com um filme. Cada longa-metragem aborda, sob uma perspetiva diferente, um crime ocorrido em uma localidade denominada Dreileben, localizada no estado alemão da Turíngia. O filme de Petzold, Algo melhor do que a morte (Etwas besseres als den Tod), estreou com os outros dois na mostra Forum do Festival de Berlim de 2011[6] e foi fortemente aclamado pela crítica[7].
Em 2012, Petzold foi selecionado pela terceira vez para a mostra competitiva do Festival de Berlim, por seu filme Barbara (Barbara), novamente estrelado por Nina Hoss. O filme se passa na Alemanha Oriental, no ano de 1980, e narra a história de uma médica que é transferida para um hospital na zona rural após seu pedido para deixar o país ser negado pelo governo.[8] Petzold recebeu o Urso de Prata de melhor diretor no festival e, no mesmo ano, foi também indicado para o prêmio Deutscher Preis nas categorias diretor e roteiro. Em 2013, ele foi condecorado com o prêmio Helmut-Käutner da cidade de Düsseldorf por “seu balanço intelectual e seu senso para histórias envolventes”, que “o [elevam] à condição de herdeiro de Käutner”[9].
Em setembro de 2014 foi lançado o filme Phoenix (Phoenix), que trata do holocausto e se passa no pós-guerra. O filme recebeu o prêmio da crítica internacional no Festival de Cinema de San Sebastián[10].
Ano | Título original | Título no Brasil | Título em Portugal | Estreia Mundial | Estreia no Brasil | Estreia em Portugal |
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1995 | Pilotinnen (TV) | 6 de agosto de 1995 (Alemanha) | ||||
1996 | Cuba Livre (TV) | 10 de novembro de 1996 (Alemanha) | ||||
1998 | Die Bleischlafdiebin (telefilme) | 2 de novembro de 1998 (Alemanha) | ||||
2000 | Die innere Sicherheit | A segurança interna | 1 de setembro de 2000 (Festival de Veneza, Itália) | |||
2002 | Toter Mann (telefilme) | 31 de maio de 2002 (Alemanha) | ||||
2003 | Wolfsburg | 13 de fevereiro de 2003 (Festival de Berlim, Alemanha) | ||||
2005 | Gespenster | Fantasmas | Fantasmas | 15 de fevereiro de 2005 (Festival de Berlim, Alemanha) | ||
2007 | Yella | Yella | Yella | 14 de fevereiro de 2007 (Festival de Berlim, Alemanha) | ||
2008 | Jerichow | Jerichow | Jerichow | Setembro de 2008 (Festival de Veneza, Itália) | 25 de setembro de 2009 (Festival do Rio) | 13 de setembro de 2012 |
2011 | Dreileben - Etwas Besseres als den Tod (telefilme) | Dreileben - Algo melhor do que a morte | 16 de fevereiro de 2011 (Festival de Berlim, Alemanha) | |||
2012 | Barbara | Barbara | Barbara | 11 de fevereiro de 2012 (Festival de Berlim, Alemanha) | 19 de outubro de 2012 (Mostra de São Paulo) / 11 de janeiro de 2013 | 31 de janeiro de 2013 |
2014 | Phoenix | Phoenix | Phoenix | 5 de setembro de 2014 (Festival de Toronto, Canadá) | 9 de julho de 2015 | 13 de novembro de 2014 (Festival de Lisboa e Estoril) / 16 de abril de 2015 |
2015 | Polizeiruf 110: Kreise (telefilme) | 28 de junho de 2015 (Alemanha) | ||||
2016 | Polizeiruf 110: Wölfe
(telefilme) |
11 de setembro de 2016 (Alemanha) |
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