Castainço
freguesia do município de Penedono, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
freguesia do município de Penedono, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Castainço é uma freguesia portuguesa do município de Penedono, com 14,00 km² de área[1] e 128 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 9,1 hab./km².
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Freguesia | ||||
Localização | ||||
Localização no município de Penedono | ||||
Localização de Castainço em Portugal | ||||
Coordenadas | 40° 59′ 41″ N, 7° 26′ 52″ O | |||
Região | Norte | |||
Sub-região | Douro | |||
Distrito | Viseu | |||
Município | Penedono | |||
Código | 181203 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 14,00 km² | |||
População total (2021) | 128 hab. | |||
Densidade | 9,1 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santo António | |||
Sítio | http://www.freguesiadecastainco.com |
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[4] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 20 | 24 | 78 | 60 |
2011 | 14 | 13 | 81 | 53 |
2021 | 6 | 12 | 53 | 57 |
A freguesia de Castainço era em 1527, um simples lugar pequeno com 85 moradores.
Nos princípios do século XVIII, a paróquia de Castainço esteve anexa a Granja e, por isso, se denominou durante algum tempo, Granja e Castainço. Com a extinção do concelho de Penedono, e até 7 de setembro de 1895, fez parte do concelho de São João da Pesqueira, voltando a Penedono em 13 de janeiro de 1898. Era curato anexo à abadia de Penedono e da apresentação do abade, no termo da mesma vila. Hoje, eclesiasticamente anexa a Riodades. Diocese de Lamego.
Disposta num vale, talvez para se protegerem da peste, os moradores construíram uma Igreja a S. Sebastião. Manteve-se um povoado rural do qual se dizia que produzia “centeio, trigo, milho, feijão, castanha, linho e muito gado de caça”.
É um exemplar de grande interesse, especialmente, pelo importante conjunto de artefactos exumados. Trata-se de um monumento funerário com câmara poligonal e com corredor de média dimensão, que revelou ter tido diferentes fases de ocupação.
O Dólmen do Sangrino arqueologicamente intervencionado em 1995 e 1997, revelou duas fases de utilização. A primeira: do Neolítico final (4000 - 3700AC) caracteriza-se pelo achado de um conjunto de peças de tradição antiga. Do espólio descoberto salientam-se duas goivas, um machado, elementos de adorno, um pendente, fragmentos cerâmicos lisos e um pequeno recipiente.
A análise radio-carbónica revelou que a sua fase inicial de utilização se situou entre os anos 3063 – 2939 a.C., voltando a ser reutilizado alguns séculos depois, talvez já no período do Bronze Final. Nesta altura terá sido utilizado como sepulcro, circunscrita ao espaço da câmara, definindo-se pela deposição somente de recipientes cerâmicos de fundo plano. A câmara foi quase totalmente reconstruída com pedras das imediações.
Templo de raiz românico-gótica, composto por nave e capela-mor, que conserva: portal axial de arco quebrado com onze aduelas, vestígios de um alpendre e parte da decoração no rebordo do arco. No interior, destaca-se no corpo do templo a capela batismal com duas pias e alfaias religiosas, o teto é em abóbada de berço e o arco cruzeiro com vestígios de pintura. A capela mor é de talha dourada e policromada do séc. XVIII avançado. A torre sineira está adossada do lado esquerdo da frontaria.
Capela retangular de paredes rebocadas e caiadas de branco, coberta por um telhado de duas águas. Na fachada principal há um portal encimado por uma cruz entre pináculos. No interior, possui um altar, pintado a branco e azul com uma imagem de Santo António.
A sua localização num dos pontos mais altos da freguesia, proporciona um olhar atento sobre a mesma. É no 1.º fim de semana de agosto, que aqui se celebram as festas de ano, dedicadas ao orago da capela.
Capela setecentista reformada em época posterior, que guarda no seu interior um altar barroco, pintado de branco e uma imagem de Nossa Senhora em pedra ançã com policromia.
Piscinas e Ponte da Lavandeira
A cultura do linho foi muito importante nas tradições rurais da freguesia. Ainda o é, para quem ainda não esqueceu a arte de bem preparar, fiar ou tecer o linho ou a lã que por cá também dela se preparavam boas mantas, colchas e tapetes.
Um dos produtos regionais bem conhecidos desta povoação são as colchas de Castainço. São feitas com teia de linho e lã, em cores vivas, e têm o verde e o vermelho como cores predominantes. Geralmente são usadas para cobertas de camas ou para decoração de paredes.
Tradicionais, são “as alvíssaras” que se cantam na véspera da Páscoa, desde o Calvário até aos mais pequenos arruamentos, em anúncio da Ressurreição, como também as bonitas Romarias a Santa Eufémia na Segunda-feira de Páscoa. Aí não falta pão-de-ló bem característico (e que aqui chamam de bola doce), nem as cavacas de todos os monumentos festivos.
Festas e romarias: Santo António
Gastronomia: Cavacas de Castainço
"As cavacas de Castainço, que na sua singularidade eram baixas, enconcadas, cobertas de açúcar bem seco e muito tenras, chegavam a aguentar-se mais de um ano embrulhadas num pano de linho e sempre comestíveis. Surgem nesta aldeia no princípio do séc. XX. Embora este doce tenha as suas origens num doce conventual do Convento de Freixinho, as cavacas tornaram-se particularmente especiais pelas mãos das cavaqueiras de Castainço, podendo assim considerar-se um produto endógeno, identitário desta aldeia e deste concelho. Contribuíram para a ajuda económica de algumas famílias, sempre com qualidade, encomendadas por pessoas de todos os locais."
Brasão: Escudo de ouro, dois milheiros de vermelho, o da sinistra voltado; em chefe, flor de linho de azul; em campanha, roda de azenha de negro movente de ponta ondada de três tiras ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: «Castainço». (D.R. II Série nº 251, de 27/12/2013)
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