Candidíase
infeção fúngica causada por qualquer tipo do fungo Candida / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Candidíase é uma infecção fúngica causada por qualquer tipo do fungo Candida.[2] Quando a doença afeta a boca é denominada candidíase oral.[2] O sintoma mais evidente de candidíase oral são manchas brancas na língua ou em outras partes da boca e da garganta.[3] A boca pode também apresentar-se dolorida e haver dificuldade em engolir.[3] Quando a doença afeta a vagina é denominada candidíase vaginal.[2] Entre os sinais e sintomas da candidíase vaginal estão prurido e irritação vaginais e, por vezes, um corrimento vaginal branco semelhante a queijo fresco.[8] Ainda que de forma menos comum, o pénis pode também ser afetado causando prurido.[3] Muito raramente a infeção pode tornar-se invasiva e espalhar-se por todo o corpo, causando febre e outros sintomas que dependem das partes do corpo afetadas.[9]
Candidíase | |
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Candidíase oral | |
Sinónimos | Candidose, monilíase, oidomicose[1] |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Manchas brancas na boca ou corrimento vaginal, prurido[2][3] |
Tipos | Candidíase oral, candidíase vaginal[2] |
Causas | Infeção por fungos do género Candida[2] |
Fatores de risco | Immunossupressão (VIH/SIDA), diabetes, corticosteroides, antibióticos[4] |
Medicação | Clotrimazol, nistatina, fluconazol[5] |
Frequência | 6% dos recém nascidos (oral)[6] 75% das mulheres em algum momento da vida (vaginal)[7] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B37 |
CID-9 | 112 |
CID-11 | 2055968951 |
OMIM | 606788 |
DiseasesDB | 1929 |
MedlinePlus | 001511 |
eMedicine | med/264 emerg/76 ped/312 derm/67 |
MeSH | D002177 |
Leia o aviso médico |
A doença pode ser causada por mais de vinte tipos de fungos do género Candida, um tipo de levedura, dos quais a Candida albicans é o mais comum.[2] As infeções da boca são mais comuns entre crianças com menos de um mês de idade, idosos e pessoas com debilidade imunitária. Entre as condições que causam esta debilidade estão a SIDA, os medicamentos usados em transplante de órgãos, diabetes e o uso de corticosteroides. Entre outros fatores de risco estão o uso de próteses dentárias e o uso de antibióticos.[4] As infeções vaginais ocorrem com maior frequência durante a gravidez, em pessoas com debilidades imunitárias e que se encontram a tomar antibióticos.[10] Os fatores de risco para que a infeção se espalhe pelo corpo incluem estar presente numa unidade de cuidados intensivos, o período pós-cirurgia, recém-nascidos com pouco peso e pessoas com sistema imunitário debilitado.[11]
Entre as medidas para prevenir infeções estão a lavagem da boca com gluconato de clorexidina em pessoas com debilidade imunitária, e a lavagem da boca após a inalação de esteroides.[5] Há poucas evidências que apoiem o uso de probióticos, tanto na prevenção como no tratamento, mesmo entre pessoas com infeções vaginais frequentes.[12][13] No caso de infeções da boca, o tratamento com nistatina ou clotrimazol de aplicação tópica é geralmente eficaz. No caso destes medicamentos não resultarem, pode ser usado fluconazol, itraconazol ou anfotericina B de administração oral ou intravenosa.[5] No caso das infeções vaginais, podem ser usados diversos antifúngicos de aplicação tópica, entre os quais clotrimazol.[14] Em pessoas em que a doença se espalhou pelo corpo, podem ser usadas equinocandinas como a caspofungina ou a micafungina.[15] Em alternativa, pode ser administrada anfotericina B por via injetável ao longo de algumas semanas.[15] Em alguns grupos de risco muito elevado podem ser usados antifúngicos como medida de prevenção.[11][15]
Cerca de 6% dos recém-nascidos com menos de um mês de idade apresentam infeções da boca. Cerca de 20% das pessoas em tratamentos de quimioterapia para o cancro e 20% das pessoas com SIDA também desenvolvem a doença.[6] Cerca de três quartos da mulheres apresentam pelo menos uma infeção por leveduras em determinado momento da vida.[7] A doença disseminada pelo corpo é rara, exceto em grupos de maior risco.[16]