Califado Omíada
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O Califado Omíada (em árabe: الأمويون / بنو أمية; romaniz.: Umawiyy; em persa: امویان; romaniz.: Omaviyân; em turco: Emevi) foi o segundo dos quatro principais califados islâmicos, estabelecidos após a morte de Maomé. Era centrado na dinastia Omíada,[lower-alpha 1] originária de Meca, atualmente na Arábia Saudita. A família omíada havia chegado ao poder durante o governo do terceiro califa, Otomão (r. 644–656), mas o regime omíada foi fundado por Moáuia I, governador de longa data da Síria, após o fim da Primeira Guerra Civil Islâmica em 661 (41 Ano da Hégira).
Califado Omíada | ||||||||||||
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Projeção do tamanho do Califado Omíada em 750 | ||||||||||||
Capital | Damasco | |||||||||||
Países atuais | ||||||||||||
Língua oficial | árabe | |||||||||||
Religião oficial | Islão sunita | |||||||||||
Outras religiões
* Budismo | ||||||||||||
Moeda | dirrã e dinar | |||||||||||
Califa | ||||||||||||
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Período histórico | Idade Média | |||||||||||
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Por conseguinte, a Síria permaneceu como a principal base de poder dos omíadas, tendo Damasco como sua capital. Os omíadas continuaram as conquistas muçulmanas, incorporando no mundo muçulmano o Cáucaso, a Transoxiana, Sinde, Magrebe e a Península Ibérica (chamada pelos islâmicos de Alandalus). Em sua maior extensão, o Califado Omíada cobria 15 000 000 km², fazendo dele o maior império que o mundo tinha visto até então, e o quinto maior que já existiu.
Os impostos e a gestão administrativa dos omíadas eram considerados injustos por alguns muçulmanos, enquanto a população não-muçulmana tinha autonomia. Maomé tinha afirmado, explicitamente, enquanto era vivo que todas as minorias religiosas deveriam pagar a jizia (imposto obrigatório) para serem autorizadas a praticar a sua religião, possuírem suas próprias instituições governamentais e jurídicas. Em termos gerais, essa política tinha continuado. As medidas de assistência social tanto para muçulmanos quanto para não muçulmanos iniciadas por Omar também haviam sido mantidas.[1] A esposa de Moáuia, Maisum, mãe de Iázide, também era cristã. As relações entre os muçulmanos e os cristãos no Estado eram boas.
Os omíadas estavam envolvidos em batalhas frequentes com os cristãos bizantinos, sem se preocupar com a proteção de sua retaguarda na Síria, que havia permanecido em grande parte cristã, como muitas outras partes do império. Posições de destaque foram mantidas pelos cristãos, algumas das quais pertenciam a famílias que serviram nos governos bizantinos. O trabalho dos cristãos era parte de uma política mais ampla de tolerância religiosa que foi necessária em virtude da presença de grandes populações cristãs nas províncias conquistadas, especialmente na Síria. Esta política também impulsionou sua popularidade e solidificou a Síria como sua base de poder.
As rivalidades entre as tribos árabes causaram agitação nas províncias fora da Síria, principalmente na Segunda Guerra Civil Muçulmana de 680 até 692 da Era Comum (EC) e a revolta berbere de 740 até 743. Durante a Segunda Guerra Civil, a liderança do clã omíada passou do ramo sufianida da família para o ramo maruânida. À medida que a campanha constante esgotou os recursos materiais e humanos do Estado, os omíadas, enfraquecidos pela Terceira Guerra Civil Muçulmana de 744-747, foram finalmente derrubados pela Revolução Abássida em 750. Um ramo da família fugiu para o Norte da África e para Alandalus, onde se estabeleceu o Emirado de Córdova (e então o Califado), que durou até 1031, antes de cair devido à Fitna de Alandalus.