Nota: Para outros significados, veja Caio Cássio Longino (desambiguação).

Caio Cássio Longino, em latim Gaius Cassius Longinus (antes de 85 a.C.outubro de 42 a.C.) foi um senador romano e o principal agente na conspiração contra Júlio César, e o cunhado de Marco Júnio Bruto.[1][2]

Factos rápidos
Caio Cássio Longino
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Caio Cássio Longino
Nascimento 85 a.C.
Roma Antiga
Morte outubro de 42 a.C.
Filipos
Cidadania Roma Antiga
Progenitores
Cônjuge Júnia Tércia
Filho(a)(s) Cassius
Irmão(ã)(s) Lúcio Cássio Longino, Quinto Cássio Longino
Ocupação político da Antiga Roma, militar da Antiga Roma
Causa da morte exsanguinação
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Início de carreira

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Vincenzo Camuccini, Morte deJúlio César, 1798

Pouco se sabe sobre a infância e a juventude de Caio Cássio. Ele foi casado com Júnia Tércia, a filha de Servília Cepião e meio-irmã de Bruto, com quem ele teve um filho.

Ele estudou filosofia em Rodes com o mestre Arquelau e se tornou fluente em grego. Seu primeiro emprego foi como questor sob as ordens de Marco Licínio Crasso em 53 a.C., e provou ter aptidão para os assuntos militares.

Ele viajou com Crasso para a província da Síria e tentou dissuadi-lo de atacar os partas, sugerindo que eles mantinham uma base no Eufrates. Crasso ignorou Cássio e conduziu o exército para a batalha em Carras (atual Harã), durante a qual ele também ignorou os planos de Cássio para fortalecer a linha romana. A conseqüência foi uma derrota. Cássio conseguiu salvar o que restou do exército com a ajuda do legado de Crasso, Caio Octávio. O exército então tentou fazer de Cássio seu novo comandante, mas ele recusou em lealdade a Crasso. Crasso foi morto por guias em uma emboscada durante a retirada de Carras, mas Cássio conseguiu escapar com quinhentos homens da cavalaria e se juntou às legiões mais uma vez.

Proquestor e tribuno da plebe

Durante os dois anos que se seguiram, Cássio governou a província da Síria como proquestor, defendendo a fronteira contra as incursões partianas até a chegada do novo procônsul. A última incursão resultou na morte do comandante parta Osaces e separou as tropas partianas. Marco Túlio Cícero, quando foi governador da Cilícia, enviou a Cássio uma mensagem de congratulação pela vitória.

No seu retorno a Roma, dois anos depois, a eclosão da guerra civil entre César e Gneu Pompeu Magno evitou que Cássio fosse levado a julgamento, por seus inimigos, por extorsão na Síria.

Cássio foi eleito tribuno da plebe em 49 a.C. e compartilhou sua sorte com os Optimates, fugindo da Itália quando César cruzou o rio Rubicão. Ele encontrou Pompeu na Grécia e se tornou comandante de sua armada.

Em 48 a.C., Cássio navegou com seus navios em direção à Sicília, onde ele atacou e incendiou uma grande parte da marinha de César. Ele continuou então a atacar navios ao longo da costa italiana. As notícias da derrota de Pompeu na Batalha de Farsália obrigou Cássio a se dirigir para o Helesponto, na esperança de se aliar ao rei Fárnaces. Cássio foi interceptado por César em sua rota e foi forçado a se render incondicionalmente.

Pretor e liberator

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Denário com a figura de Cássio

César fez de Cássio um legado, utilizando-o na guerra alexandrina contra o mesmo Fárnaces a quem ele esperava se unir. Contudo, Cássio se recusou a se unir na luta contra Catão[desambiguação necessária] e Cipião na África, preferindo retornar a Roma. Ficou os próximos dois anos desempregado e aparentemente estreitou seus laços de amizade com Cícero.

Em 44 a.C. ele se tornou pretor peregrino (praetor peregrinus) com a promessa da província da Síria para o ano seguinte. A indicação de seu subalterno, Marco Júnio Bruto, como pretor urbano (praetor urbanus) o ofendeu profundamente e aprofundou ainda mais o ódio e o ressentimento que Cássio sentia pelo ditador. César, apesar de oficialmente ter perdoado Cássio , parece ter desconfiado dele.

Ele foi um dos maiores conspiradores contra César, sendo o chefe dos assassinos que causaram a sua morte. Nos idos de Março, de 44 a.C., Cássio instigou seus parceiros assassinos e golpeou César no rosto. Ele e seus parceiros conspiradores referiam-se a si mesmos como "libertadores" (liberatores). A comemoração teve um período curto, quando Marco Antônio chegou ao poder e dirigiu a opinião pública contra eles.

Em abril, Cássio fugiu de Roma para a zona rural na esperança que Marco Antônio pudesse ser deposto. Em junho, o Senado nomeou Cássio para a província de Cirene a fim de dar-lhe a oportunidade de deixar a Itália enquanto ele ainda possuísse o cargo de pretor. Cássio se recusou a ser enviado para uma província tão pequena e renunciou a seu cargo, declarando que preferia viver no exílio a se submeter às ordens de Marco Antônio.

Governador da Síria

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Áureo com a figura de Cássio

Ele partiu para a província da Síria, para onde anteriormente havia sido nomeado, mas que agora tinha sido destinada a Públio Cornélio Dolabela por ordem de Marco Antônio, na esperança de assumir seu controle antes da chegada de Dolabela. Sua reputação no Oriente tornou fácil a formação de um exército junto a outros governantes da região e em 43 a.C. ele estava pronto para enfrentar Dolabela com doze legiões.

Neste momento o senado rompeu com Marco Antônio e confirmou Cássio como governador da província. Dolabela atacou, mas foi traído por seus aliados, levando-o a cometer suicídio. Cássio tinha agora a segurança necessária para marchar em direção à província do Egito, mas devido à formação do triunvirato, Bruto pediu a sua ajuda. Cássio rapidamente juntou-se a Bruto em Esmirna com a maior parte de seu exército, deixando o seu sobrinho para governar a Síria.

Os conspiradores decidiram atacar os aliados do triunvirato na Ásia. Cássio atacou e saqueou Rodes, enquanto Bruto fez o mesmo na Lícia. Eles se reagruparam no ano seguinte em Sardes, onde seus exércitos os proclamaram imperadores. Cruzaram o Helesponto, marcharam através da Trácia e acamparam próximo a Filipos, na Macedônia. Otaviano (mais tarde conhecido por Augusto) e Marco Antônio logo chegaram e iniciou-se uma batalha.

Bruto obteve sucesso contra Otaviano. Cássio, contudo, foi derrotado por Marco Antônio. Sem saber da vitória de Bruto, deu tudo por perdido e ordenou a seu liberto Píndaro que o matasse. Bruto se referiu a ele como sendo "o último dos romanos" e o enterrou em Tasos.

Ver também

Referências

  1. Gowing, Alain M. (1990). «Appian and Cassius' Speech Before Philippi ("Bella Civilia" 4.90-100)». Phoenix. 44 (2): 158–181. doi:10.2307/1088329
  2. David Sedley, "The Ethics of Brutus and Cassius," Journal of Roman Studies 87 (1997) 41–53.
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