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termo geopolítico para a divisão de uma região em Estados menores Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Balcanização é um termo geopolítico, originalmente utilizado para descrever o violento processo de fragmentação ou divisão de uma região ou Estado em regiões ou Estados menores que frequentemente são hostis ou não cooperativos entre si.[1] É considerado pejorativo por alguns indivíduos.[2]
O termo refere-se à divisão da península Balcânica — anteriormente governada quase que por completo pelo Império Otomano — em diversos Estados menores entre 1817 e 1912.[3] Foi cunhado no início do século XIX.[4] Se tornou de uso comum com as consequências imediatas da Primeira Guerra Mundial, com referência aos numerosos novos Estados que surgiram dos colapsos dos impérios Austro-Húngaro e Russo.[carece de fontes]
Ao fim da Guerra Fria, houve uma nova onda de balcanização após a desintegração da Iugoslávia e a dissolução da União Soviética.[carece de fontes]
Existiram também tentativas de usar o termo balcanização em uma maneira otimista, comparando-o com a necessidade de descentralização e sustento de um grupo ou sociedade em particular. Pesquisa corrente dos aspectos otimistas da balcanização é conduzida por Srđan Jovanović Weiss com o Centro para Arquitetura de Pesquisa[5] no colégio Goldsmiths.[6][7]
Outros países da Europa — geralmente resultados da união de várias regiões históricas ou nações — têm se defrontado com a distinta questão da balcanização. A Península Ibérica e a Espanha, em especial, desde o período de Al-Andalus tiveram que acordar-se com a balcanização,[8] com diversos movimentos separatistas existindo no momento, incluindo o País Basco e o independentismo catalão.[carece de fontes]
Quebec tem sido cena de um movimento partitivo oriundo de grupos ativistas anglófonos, contrários à ideia da independência de Quebec. Um destes projetos é a proposta para a província de Montreal, a qual anseia pelo estabelecimento de uma província separada das comunidades de anglo-saxões e imigrantes anglófonos de Quebec e Montreal.[carece de fontes]
Em janeiro de 2007, em resposta ao crescente apoio à independência da Escócia, o então Ministro das Finanças do Reino Unido, e depois Primeiro-ministro, Gordon Brown, falou sobre uma "balcanização da Grã-Bretanha".[9] Movimentos independentistas em território da Grã-Bretanha existem na Inglaterra, Gales, Cornualha e no movimento de reunificação na Irlanda do Norte.[carece de fontes]
O termo também é utilizado para descrever outras formas de desintegração, incluindo, por exemplo, a subdivisão da Internet em enclaves separados,[10] a divisão de subcampos, a criação de novos campos da sociologia e o colapso de organizações cooperativas devido ao aumento de entidades competitivas independentes engajadas em disputas de lances ao estilo "beggar thy neighbour".[carece de fontes]
Tem sido usado no planejamento urbano estadunidense para descrever o processo de criação de condomínios fechados.[carece de fontes]
Andrej Grubačić rejeita a concepção racista e colonialista de balcanização como um processo no qual "ódio ancestral e étnico" levou à ação da fragmentação chauvinista; usualmente justaposta à "culta" federalização e unificação anglo-europeia. Grubačić nomeia este processo como "balcanização vinda de cima" — literatura ocidentalista, colonialista, racista, atuando como bastião para as políticas advindas da União Europeia e dos Estados Unidos da América, particularmente em Bósnia e Herzegovina, Sérvia e Kosovo. Ele o contrasta com o que chama de "balcanização vinda de baixo", uma narrativa que insiste em afinidades sociais e culturais, assim como em costumes comuns resultantes da ajuda e solidariedade interétnicas e mútuas, resultando no que pode ser denominado como "autoatividade interétnica", a qual foi interrompida através da intervenção euro-colonial. O legado histórico aonde Grubačić se inspira é o da "Federação Bálcã", uma organização horizontal de povos, sem nações ou Estados, arranjada regionalmente e organicamente para ajuda mútua e empoderamento, "um mundo onde muitos mundos ajustam-se."[11]
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