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cantora compositora e multi- instrumentista brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade (Niterói, 18 de julho de 1952), mais conhecida como Baby do Brasil e também como Baby Consuelo, é uma cantora brasileira.[1][2][3][4][5]
Baby do Brasil | |
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Baby em 2014, no 25º Premio da Musica Brasileira | |
Nome completo | Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade |
Conhecido(a) por | Baby do Brasil, Baby Consuelo |
Nascimento | 18 de julho de 1952 (72 anos) Niterói, RJ, Brasil |
Ocupação |
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Gênero literário | |
Carreira musical | |
Período musical | 1970–presente |
Instrumento(s) | vocal, guitarra, violão, percussão |
Gravadora(s) | Warner |
Afiliações | Lista
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Página oficial | |
instagram |
Nascida em uma família de classe média alta de Niterói[1][6], é filha do jurista Luís Carlos Cidade e da jornalista Carmem Menna Barreto de Carvalho Cidade. Ainda na infância mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi criada. A artista sempre teve interesse por música, escrevia canções e queria fazer aulas de canto e violão. Os pais se opuseram, queriam que seguisse uma carreira tradicional. Por intermédio de parentes, aprendeu a tocar violão ainda na infância, chegando a vencer um festival de música de Niterói aos 14 anos[3], no qual interpretou uma música do maestro Eduardo Lages. Os conflitos com os pais se intensificaram no final da adolescência, pois eram controladores e não aceitavam a escolha profissional da filha. Aos 17 anos, deixou uma carta aos pais e fugiu de casa.[1] Decidiu ir para Salvador[3], onde estava se expandindo o movimento rock no Brasil. Chegando lá, passou muitas necessidades, chegando a dormir nas ruas. Começou a pedir para cantar em bares em troca de comida, e isso agradou os comerciantes, pois cantava muito bem e viram seu estabelecimento lotar. Por uma grande sorte, conheceu Luiz Galvão, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira, uma banda musical em início de carreira.[1] Juntos, formaram a icônica banda Novos Baianos, nesses mesmo ano de 1969, então, a jovem iniciou sua carreira como cantora no grupo. Bernadete Dinorah precisava escolher um nome artístico bem revolucionário para combinar com a banda, e optou por Baby Consuelo, em referência ao filme Meteorango Kid.[1] Só em 1994, ela trocou de nome artístico e escolheu Baby do Brasil, mas até hoje é conhecida pelos dois nomes.
Através da banda, em 1969, Baby conheceu o guitarrista Pepeu Gomes, que se tornou seu primeiro namorado.[1] Com poucos meses de namoro, foram morar juntos na casa dele, e no ano seguinte, em 1970, casaram-se oficialmente em Salvador.[1]
Com um ano de formação, a banda Novos Baianos lançou em 1970 seu primeiro disco, É Ferro na Boneca, pela gravadora RGE Fermata. O trabalho musical colocou a banda na mídia nacional. Pouco tempo depois, a banda se mudou para o Rio de Janeiro, e se estabeleceram em um sítio do bairro carioca de Vargem Pequena[7], laboratório para criação daquele que viria a ser seu LP de maior sucesso, Acabou Chorare, eleito pela revista Rolling Stone Brasil como "o maior álbum de música brasileira de todos os tempos". Baby e Pepeu permaneceram no grupo até 1978, quando foi decidido que cada um iniciaria sua carreira solo.
O primeiro álbum solo de Baby, O Que Vier Eu Traço lançado em 1978[3][8], atinge grande sucesso de mídia[1] e de vendagem pela gravadora Warner Music. Conta com as canções "Ele Mexe Comigo" (composição de Pepeu, Galvão e Baby); e com a faixa título (de Alvaiade e Zé Maria); além da clássica "Eu Sou Baby Consuelo" (de Pepeu, Galvão e Moraes).[1]
Seu primeiro grande sucesso solo foi a canção "Menino do Rio", de Caetano Veloso[1], composta exclusivamente para Baby[9] e tema da novela Água Viva da Rede Globo.[3] A música fez parte de seu segundo disco solo, Pra Enlouquecer, de 1979[10][8], novo campeão de vendas. Na capa, Baby aparece ao lado de quatro de seus (futuros) seis filhos[1]: 'Riroca (que viria a trocar seu nome para Sarah Sheeva), Zabelê, Nana Shara e Pedro Baby. Os quatro tornaram-se músicos, e as três garotas viriam a formar a girl band SNZ. Baby ainda daria à luz outros dois meninos: Krishna Baby (que aparece na contracapa do disco que leva o nome da criança, de 1984) e Kriptus Baby (presente na capa do álbum Sem Pecado e Sem Juízo, do ano seguinte).
Em 1980, Baby lançou o disco gravado ao vivo em sua apresentação no 14th Festival de Jazz de Montreux[8], que conta com as canções "Minha Oração" (de Baby, Pepeu e Oswaldinho do Acordeon) e "Toda Donzela" (de Baby, Pepeu e Jorginho Gomes).[1]
Em 1981, a cantora lançou o icônico álbum Canceriana Telúrica, que conta com o clássico que virou mais hit em sua voz: "Todo Dia Era Dia de Índio", de Jorge Ben Jor; além dos sucessos "Um Auê Com Você" (composição de Baby); e "Telúrica" (de Baby e Jorginho).[1]
Em 1982, sai o disco Cósmica[8], que além da faixa título, conta com o sucesso "Emília, A Boneca Gente" – composto por Baby, em parceria com Pepeu Gomes – para a personagem do Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato.[1][11]
Em 1984, Baby apareceu grávida na capa do disco batizado Kryshna Baby, que é o nome do seu quinto filho com Pepeu Gomes, em álbum que trouxe dez faixas de autoria de Baby com diversos parceiros.[1]
Em 1985, a cantora lançou o álbum Sem Pecado e Sem Juízo, em que aparece amamentando o seu sexto filho Kriptus Baby na capa[12], e que conta com o sucesso da faixa título (parceria de Baby e Pepeu), além da faixa "Rock das Crianças", também da dupla, que conta com a participação das suas três filhas.[1] No mesmo ano, Baby e Pepeu se apresentaram na primeira edição do Rock In Rio, em shows solo.[1][3]
Em 1987, Baby, Pepeu e Paulinho se reuniram em uma apresentação única no Teatro Castro Alves, em Salvador.[1]
Em 1990, Baby se apresentou em uma reunião inédita com os Novos Baianos, em cima do trio elétrico, no carnaval de Salvador.[1]
Em 1991, lançou o álbum Ora Pro Nobis, que conta com uma regravação de "Ave Maria" (de Sebastian Bach), além de parcerias da cantora com Nando Chagas.[1]
Em 1997, sai o CD Acústico – Baby do Brasil, com sucessos de sua carreira e regravações de outros grandes clássicos da MPB.[1] No mesmo ano, lançou o álbum Um, que conta com dez faixas de sua autoria com parceiros diversos.[1]
Ainda em 1997, reuniu-se mais uma vez com os Novos Baianos, para gravar o disco Infinito Circular – dessa vez com participação de Moraes Moreira – com diversos sucessos do grupo.[1]
No fim da década de 1990, Baby batizou-se, tornando-se evangélica[13], mantendo sua carreira de cantora ao mesmo tempo em que se tornou pastora do Ministério do Espírito Santo de Deus, em Nome do Senhor Jesus Cristo[3][6][14][15], fundado por ela em 5 de abril de 2000.
Seu primeiro disco depois de tornar-se evangélica foi Exclusivo para Deus, de 2000, com canções dedicadas à música gospel.[1][3]
Em 2009, durante o carnaval de Salvador, se reuniu novamente com Paulinho Boca de Cantor e Pepeu Gomes para duas apresentações no trio elétrico batizado "Os Novos Baianos".[1][3] No mesmo ano, o grupo se apresentou na Virada Cultural, em São Paulo, em um show visto por um milhão de pessoas.[1]
Em 2010, começa a ser produzido o documentário "Apopcalipse segundo Baby"[16], com direção de Rafael Saar, uma cinebiografia da artista.[17]
Em 2011, sai outro trabalho na linha gospel, o disco Geração Guerreiros do Apocalipse.[1][3]
Após uma temporada dedicada à música gospel, em 2012 apresentou-se no Vivo Open Air, no Jockey Club Brasileiro carioca, interpretando clássicos de sua carreira com arranjos do seu filho, o músico Pedro Baby.[3][18] O show, intitulado "Baby Sucessos", contou com a participação de Caetano Veloso, com quem cantou “Menino do Rio”, de autoria dele.[3]
Em janeiro de 2014, Baby do Brasil e o filho Pedro Baby registraram em formato audiovisual o show que marca o retorno da cantora aos palcos seculares, realizado no Imperator Centro Cultural João Nogueira, no Rio de Janeiro. O DVD foi lançado em abril de 2015 nas plataformas digitais e vários sites na Internet, e um mês depois, a versão física do CD e DVD foram lançadas.[19]
Em maio de 2014, se apresenta na Virada Cultural, em São Paulo.[20][21]
Em setembro de 2015, após quase três décadas sem dividir o palco, se apresenta com Pepeu Gomes no Palco Sunset do Festival Rock in Rio.[22][23]
Em dezembro de 2015, o grupo Novos Baianos anunciou um retorno com a formação original.[24] A turnê "Acabou Chorare – Novos Baianos Se Encontram" teve sucesso absoluto e durou até 2018.[1]
Em 2016, junto de Rogério Flausino e Sergio Mendes, lança o single “Se Ligaê”, lançado como uma espécie de hino otimista para celebrar o Brasil e a chegada dos Jogos Olímpicos ao país.[25]
Em 22 de julho de 2022, sai o disco Baby & Pepeu ao vivo no Noites Cariocas, gravado no Morro da Urca no Rio de Janeiro.[26][27] No mesmo mês, estreiam turnê inédita chamada "140 Graus"[28], na Concha Acústica, em Salvador.[29]
Foi casada com o guitarrista Pepeu Gomes por dezenove anos, de 1969 a 1988, quando se divorciaram. Após a separação manteve outros relacionamentos, mas não quis casar-se novamente. Juntos, Baby e Pepeu tiveram seis filhos, todos nascidos de parto normal no Rio de Janeiro: Sarah Sheeva (nascida Riroca, em 1973), Zabelê (1975), Nãna Shara (1976), Pedro Baby (1978), Krishna Baby (apelido: Xaxá, em 1984) e Kriptus Gomes em (1985). Em 1991, nasceu sua primeira neta, Rannah Sheeva, filha de Sarah.[30]
No início de 2017, durante o Fantástico da Rede Globo Baby assumiu o namoro com o ex-jogador de futebol Casagrande. O namoro durou poucos meses, mas a amizade entre eles continua.[31] Um dos motivos da separação seria a decisão da cantora de não ter relações sexuais antes de casar.[32][33]
Ano | Álbum | Vendas |
1978 | O Que Vier Eu Traço | 400 000 |
1979 | Pra Enlouquecer | 1 000 000 |
1980 | Ao vivo em Montreux | 450 000 |
1981 | Canceriana Telúrica | 1 400 000 |
1982 | Cósmica | 950 000 |
1984 | Kryshna Baby | 700 000 |
1985 | Sem Pecado e sem Juízo | 1 100 000 |
1991 | Ora pro Nobis | 250 000 |
1997 | Um | 100 000 |
1998 | Acústico Baby do Brasil | 150 000 |
2000 | Exclusivo para Deus | 35 000 |
2011 | Geração Guerreiros do Apocalipse | - |
2015 | Baby Sucessos - A menina ainda dança | 25 000 |
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