As Argonáuticas (Apolónio de Rodes)
poema épico em grego antigo de Apolónio de Rodes criado no século III a.C. / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As Argonáuticas (em grego clássico: Τά Ἀργοναυτικά) é um poema épico em grego antigo de Apolónio de Rodes criado no século III a.C.. A obra está dividida em quatro livros, num total de 5 835 hexâmetros.[1]
As Argonáuticas | |
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Τά Ἀργοναυτικά | |
Jasão entrega o Velo de Ouro a Pélias (entre c. 240 e 330 a.C.), num vaso de cerâmica da Grécia Antiga da Apúlia, no Museu do Louvre | |
Autor(es) | Apolónio de Rodes |
Idioma | Grego antigo |
País | Grécia Antiga |
Lançamento | Século III a.C. |
As Argonáuticas tratam da história de Jasão e dos argonautas, narrando em quatro livros a viagem da nau Argo desde Iolcos, na Tessália, Grécia, passando pelo Mar de Mármara até à Cólquida, na costa caucasiana do Mar Negro (livros I–II), a captura, com a ajuda de Medeia, do velo de ouro (livro III), e o regresso à pátria através do Rio Danúbio, do Rio Pó, do Mar Mediterrâneo e do norte de África (livro IV).
É a única obra épica anterior à Eneida de Virgílio que poderia comparar-se com a de Homero em tamanho e extensão, e a primeira epopeia que concede um lugar importante ao amor de Medeia por Jasão.
Uma tradição tardia, e provavelmente falsa, fala do confronto entre Apolónio de Rodes e Calímaco, que representa a amarga controvérsia que havia entre os escritores de longas obras épicas e os autores de poemas curtos muito elaborados.
As Argonáuticas de Apolónio de Rodes são um dos paradigmas da literatura helenística. Considerada como uma epopeia, esta obra foi várias vezes analisada como uma pálida tentativa de imitação dos poemas homéricos. As características estilísticas e estruturais deste poema revelam a riqueza de conteúdos, doseada com uma versatilidade típica do autor, na recusa de repetições monótonas que encontramos em alguns dos poetas que o antecederam.[2]