Arte cristã
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A Arte Cristã é uma manifestação artística que tem como centralidade a História do Cristianismo. Não deve ser confundida com arte sacra pois esta diz respeito a todo tipo de cultos e religiões. A Arte Cristã é uma espécie da qual a arte sacra é o gênero.
A arte cristã pode ser definida, também, como a manifestação exterior da fé cristã em forma estética. Em seus processos técnicos, nos materiais que utiliza, nas regras de composição que segue, em sua própria finalidade, que é alcançar expressões estéticas, não difere em nada das artes profanas. Ela apresenta sempre um ensinamento, quer ilustre algum episódio narrado nas Sagradas Escrituras, quer ilumine o significado de um dogma, quer acompanhe a oração litúrgica ou privada, quer desenvolva o tema de uma homilia. Em todos esses aspectos, a arte cristã é quase uma extensão do ensinamento da Igreja, um catecismo, uma Bíblia figurativa[1].
Existem muitas formas de classificar e estudar as obras de arte: por estilo, período, país de origem, etc. É perfeitamente possível, também, estudá-las por uma determinada religião[2].
A arte cristã é longeva. Acompanha todo o período temporal depois da divisão do tempo em antes e depois de Jesus Cristo, na Civilização Ocidental. Deste a chamada arte paleocristã, dos primeiros séculos depois de Cristo, até o presente.
As representações de Jesus Cristo e as cenas de sua vida são recorrentes. Imagens da Virgem Maria estão entre as mais reproduzidas na História da Arte, assim como a de diversos santos, tanto no catolicismo romano quanto na ortodoxia oriental.
O cristianismo faz uso muito mais amplo de imagens do que religiões relacionadas, nas quais representações figurativas são proibidas, como o islamismo e o judaísmo. No entanto, há alguns que promoveram o aniconismo no cristianismo, e houve períodos de iconoclastia dentro do cristianismo, embora esta não seja uma interpretação comum da teologia cristã.
Quase todos os grupos cristãos usam ou usaram a arte de alguma forma. No entanto, a importância dada à arte em suas várias manifestações, meios e estilos diferem marcadamente de um seguimento e outro. Mesmo a música religiosa e a arquitetura religiosa, apesar de serem veículos mais abstratos, expressam claramente as diferenças ou qualquer mensagem que se pretendia incluir. As artes figurativas (pintura religiosa e escultura religiosa), radicalmente rejeitadas pelos movimentos iconoclastas, também foram utilizadas de forma diferente; embora os temas sejam em grande parte comuns: a representação do ciclo da Vida de Cristo e alguns ciclos do Antigo Testamento. Representações de santos são mais abundantes no catolicismo, anglicanismo e na Igreja Ortodoxa; embora não estejam ausentes dos altares luteranos[3].
A arte é um fenômeno social e como tal deve ser tratada e estudada. Ela é reveladora de uma determinada sociedade e momento histórico[4].