Arqueologia histórico-cultural
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A Arqueologia histórico-cultural é uma teoria arqueológica que enfatiza a definição de sociedades históricas em agrupamentos étnicos e culturais distintos de acordo com a sua cultura material.
Ela se originou no final do século XIX, quando o evolucionismo cultural começa a perder importância entre muitos antiquários e arqueólogos. Ela foi gradualmente substituída em meados do século XX pela arqueologia processual. A arqueologia histórico-cultural foi em muitos casos influenciada por uma agenda política nacionalista, sendo utilizada para provar uma ligação cultural e/ou étnica direta entre povos pré-históricos e antigos com os modernos Estados-nação,[1] algo que em muitos aspectos foi refutado por pesquisas e evidências arqueológicas posteriores.
Seu primeiro desenvolvimento foi na Alemanha entre os arqueólogos próximos a Rudolf Virchow, mas as ideias histórico-culturais viriam a ser popularizadas pelo arqueólogo e linguista Gustaf Kossinna. O pensamento histórico-cultural foi introduzido na arqueologia britânica por Gordon Childe no final da década de 1920. No Reino Unido e nos Estados Unidos, essa abordagem veio a ser suplantada pelo paradigma teórico dominante na arqueologia durante a década de 1960, com o surgimento da arqueologia processual. No entanto, em outras partes do mundo, ideias histórico-culturais continuam a dominar.[2]