Arne Næss
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Arne Dekke Eide Næss (Slemdal, 27 de janeiro de 1912 – Oslo, 12 de janeiro de 2009) foi um filósofo e ecologista norueguês, famoso por ter cunhado o termo "deep ecology" (ecologia profunda).[1] Foi um importante intelectual e uma figura inspiradora para o movimento ambientalista do fim do século XX.[2] Næss cita o livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, como uma grande influência em sua visão da ecologia profunda. O filósofo combina sua visão ecológica com não-violência Gandhiana e, em diversas ocasiões, participou em ações diretas.
Arne Næss | |
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Arne Næss en 2003. | |
Nascimento | 27 de janeiro de 1912 Slemdal |
Morte | 12 de janeiro de 2009 (96 anos) Oslo |
Sepultamento | Cemitério Ocidental |
Cidadania | Noruega |
Filho(a)(s) | Ragnar Næss |
Irmão(ã)(s) | Erling Dekke Næss |
Alma mater | |
Ocupação | filósofo, professor, montanhista, escritor, ambientalista |
Prêmios |
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Empregador(a) | Universidade de Oslo |
Movimento estético | ecologia profunda |
Næss afirmou que, enquanto grupos ambientalistas ocidentais do início do período pós-guerra haviam atraído a atenção do público para os problemas ambientais da época, falhavam em conhecer e abordar o que ele dizia serem as causas culturais e filosóficas por trás destes problemas. Næss acreditava que a crise ambiental do século XX havia surgido devido a certas pressuposições filosóficas e atitudes não-ditas no contexto das sociedades ocidentais modernas e desenvolvidas, que continuavam a não ser reconhecidas.[3]
Ele então cunhou a distinção entre o que chamou pensamento ecológico raso e profundo. Em comparação com o pragmatismo utilitário dos governos e organizações privadas ocidentais, ele defendia que uma percepção verdadeira da natureza promoveria um ponto de vista que apreciaria o valor da biodiversidade, compreendendo que cada ser vivo é dependente da existência de outras criaturas na complexa rede de interrelações que é o mundo natural.[3]