Os armênios(pt-BR) ou arménios(pt-PT?) (em armênio: Հայեր, transl. Hayer) formam uma nação e um grupo étnico originário do Cáucaso e do Planalto Armênio. Constituem a maior parte da população da Armênia e da de fato independente República de Artsaque. Há uma ampla diáspora, estimando-se que haja entre 5 milhões e 8 milhões de pessoas de ascendência armênia vivendo fora da moderna Armênia.[15]

Factos rápidos Armênios (PB) / arménios (PE) Հայեր, População total ...
Armênios (PB) / arménios (PE)
Հայեր
Bandeira da Armênia
Mapa da diáspora armênia ao redor do mundo.
População total

6[1] a 8 milhões[2]

Regiões com população significativa
Arménia Armênia
   3 018 854 (2011)[3]

 Rússia:
   2 000 000 (2011)[4]

 Estados Unidos
   483 366 (2011)[5] –1 500 000[6]

Síria Síria
   35 000 (após a guerra)[7]

 Geórgia (excl. Abkhazia):
   300 000 (2014)[8]

 França
   250 000–750 000[9][10]

 Argentina:
   80 000 (2007)

Europa do Leste e Bálcãs:
   165 000 (2007)

 Bielorrússia e  Ucrânia
   160 000 (2007)

Europa Ocidental (sem França e Europa do Norte):
   150 000 (2007)

 Azerbaijão
   120 000 (2007)
(excetuando-se o Nagorno-Karabakh):
   645 (2001)[11]

Líbano
   110 000 (2007)

 Canadá
   100 000 (2007)

Irã Irão
   100 000 (2007)

Outros países do Oriente Médio:
   85 000 (2007)

Ásia Central
   80 000 (2007)

 Austrália
   60 000 (2007)

Ásia
   30 000 (2007)

 Brasil
   30 000- 100 000 (2015)[12][13]

África
   15 000 (2007)

Línguas
Armênio
Religiões
Igreja Apostólica Armênia
 
92,5%
Cristianismo (outros)
 
2,3%
Iazidismo
 
0,8%
Outras religiões
 
0,4%
Irreligião
 
4%
(Censo 2011[14])
Grupos étnicos relacionados
Hamshenis e outros indo-europeus
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Historicamente os armênios têm uma presença significativa em países como a Geórgia, Irã, Rússia e Ucrânia, devido à proximidade entre seus territórios. Depois do genocídio armênio um grande influxo de sobreviventes deslocou-se para a França, os Estados Unidos, Argentina, Brasil, o Levante e outros países que os acolheram. Estima-se que existam cerca de 6 a 8 milhões de armênios ao redor do mundo.[16]

Cristianizada no início do século IV, a Armênia arsácida tornou-se a primeira nação cristã, embora o cristianismo tenha começado a se espalhar no país logo depois da morte de Cristo, devido aos esforços de dois de seus apóstolos, São Tadeu e São Bartolomeu;[17][18] a maior parte dos armênios segue a Igreja Apostólica Armênia, uma igreja ortodoxa oriental. Falam dois dialetos diferentes, porém mutualmente inteligíveis do armênio: o armênio oriental é falado principalmente na Armênia, no Irã e nas repúblicas da antiga União Soviética, e o armênio ocidental é falado principalmente por imigrantes armênios ao redor do mundo.

No Brasil a comunidade armênia reúne entre 90 e 130 mil pessoas, que se concentram principalmente nas cidades de São Paulo e Osasco, onde se dedicam sobretudo ao comércio, especialmente de calçados.[carece de fontes?]

Etimologia

Ver artigo principal: Armênia (nome)

Historicamente, o nome armênio foi usado para designar internacionalmente este grupo de pessoas; foi usado pela primeira vez pelos países vizinhos da antiga Armênia, e é tido tradicionalmente como derivado de Armenak, ou Aram, bisneto do bisneto de Haico (Haik), líder que, de acordo com a tradição armênia, seria o ancestral de todos os armênios, e que daria origem ao termo usado pelos próprios armênios para designar a si próprios: Hay (Հայ; plural: Հայեր, Hayer). Haico também é um nome popular armênio atualmente.[19][20]

Origens

A Armênia se encontra sobre um planalto que cerca as montanhas do Ararate, que, de acordo com a tradição judaico-cristã, seria o ponto onde a arca do patriarca Noé teria aportado após o Dilúvio.[21] Na Era do Bronze diversos Estados floresceram na região da Grande Armênia, incluindo o Império Hitita (no auge de seu poder), Mitani (no sudoeste da Armênia histórica) e Haiasa-Azi (1 600 x1 200 a.C.). Logo em seguida vieram os nairis (1 4001 000 a.C.) e o Reino de Urartu (1 000600 a.C.) que estabeleceram sucessivamente seus domínios sobre o Planalto Armênio. Cada uma destas nações e tribos participou da etnogênese do povo armênio.[22] Erevã, a atual capital da Armênia, foi fundada em 782 a.C. pelo rei Arguisti I.

Em 1984, o linguista Thomas Gamkrelidze e o filólogo Vyacheslav V. Ivanov propuseram a teoria de que a urheimat do proto-indo-europeu seria localizada no Planato Armênio.[23]

Ver também

Referências

  1. Diferentes fontes:
    * Dennis J.D. Sandole (24 de janeiro de 2007). Peace and Security in the Postmodern World: The OSCE and Conflict Resolution. Routledge. p. 182. ISBN 9781134145713. "The nearly 3 million Armenians in Armenia (and 3-4 million in the Armenian Diaspora worldwide) "perceive" the nearly 8 million Azerbaijanis in Azerbaijan as 'Turks' ".
    • McGoldrick, Monica; Giordano, Joe; Garcia-Preto, Nydia, eds. (18 de agosto de 2005). Ethnicity and Family Therapy, 3ª ed.. Guilford Press. p. 439. ISBN 9781606237946. The impact of such a horror on a group who presently number approximately 6 million, worldwide, is incalculable.
    • Gevorg Sargsyan; Ani Balabanyan; Denzel Hankinson (1 de janeiro de 2006). "From Crisis to Stability in the Armenian Power Sector: Lessons Learned from Armenia's Energy Reform Experience (illustrated ed.). World Bank Publications. p. 18. ISBN 9780821365908. The country's estimated 3-6 million Diaspora represent a major source of foreign direct investment in the country."
    • Arthur G. Sharp (15 Sep 2011). " The Everything Guide to the Middle East: Understand the people, the politics, and the culture of this conflicted region. Adams Media, p. 137. ISBN 9781440529122. Since the newly independent Republic of Armenia was declared in 1991, nearly 4 million of the world's 6 million Armenians have been living on the eastern edge of their Middle Eastern homeland."
  2. Diferentes fontes:
    • Von Voss, Huberta (2007). Portraits of Hope: Armenians in the Contemporary World. New York: Berghahn Books. p. xxv. ISBN 9781845452575. "...there are some 8 million Armenians in the world..."
    • Freedman, Jeri (2008). The Armenian genocide. New York: Rosen Publishing Group. p. 52. ISBN 9781404218253. "In contrast to its population of 3.2 million, approximately 8 million Armenians live in other countries of the world, including large communities in the United States and Russia."
    • Guntram H. Herb, David H. Kaplan (2008). Nations and Nationalism: A Global Historical Overview: A Global Historical Overview. Santa Barbara, California: ABC-CLIO. p. 1705. ISBN 9781851099085. "A nation of some 8 million people, about 3 million of whom live in the newly independent post-Soviet state, Armenians are constantly battling not to lose their distinct culture, identity and the newly established statehood."
    • Robert A. Saunders, Vlad Struko (2010). Historical dictionary of the Russian Federation. Lanham, Maryland: Scarecrow Press. p. 50. ISBN 9780810854758.
    • Philander, S. George (2008). Encyclopedia of global warming and climate change. Los Angeles: SAGE. p. 77. ISBN 9781412958783. "An estimated 60 percent of the total 8 million Armenians worldwide live outside the country..."
    • Robert A. Saunders, Vlad Strukov (2010). Historical dictionary of the Russian Federation. Lanham, Maryland: Scarecrow Press. p. 51. ISBN 9780810874602. "Worldwide, there are more than 8 million Armenians; 3.2 million reside in the Republic of Armenia.'
  3. «Kim Kardashian Urges Support for Telethon». The Armenian Weekly. 20 de maio de 2012 Milliken, Mary (12 de outubro de 2007). «Armenian-American clout buys genocide breakthrough». Reuters
  4. «Surviving Aleppo: An Interview with Nerses Sarkissian». armenianweekly.com. Por Rupen Janbazian. Armenian Weekly, 9 de dezembro de 2015. Estima-se que, antes da guerra civil, a população armênia na Síria fosse de 70 000 a 100 000 pessoas.
  5. (em inglês) «GEOSTAT. 2014 General Population Census Main Results General Information» (PDF). geostat.ge. Consultado em 15 de agosto de 2016. Arquivado do original (PDF) em 5 de fevereiro de 2017
  6. Thon, Caroline (2012). Armenians in Hamburg: an ethnographic exploration into the relationship between diaspora and success. Berlim: LIT Verlag Münster. p. 25. ISBN 978-3-643-90226-9
  7. Taylor, Tony (2008). Denial: history betrayed. Carlton, Victoria: Melbourne University Pub. p. 4. ISBN 978-0-522-85482-4
  8. «Comunidade armênia prospera no Brasil, mas não abandona luta pela memória do massacre». oglobo.globo.com. Por Breno Salvador. O Globo, 24 de abril de 2015.
  9. «Resultados do Censo armênio de 2011» (PDF). Armstat.am. Consultado em 11 de julho de 2022
  10. Minahan, James B. Miniature Empires: A Historical Dictionary of the Newly Independent States - pág. 3
  11. Richard G. Hovannisian, The Armenian people from ancient to modern times: the fifteenth century to the twentieth century, Volume 2, p. 427, Palgrave Macmillan, 1997.
  12. ver Hastings, Adrian (2000). A World History of Christianity. [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Publishing. 289 páginas. ISBN 0802848753
  13. «Haik and Hayastan». Consultado em 4 de março de 2007
  14. «Armenia Provinces». Consultado em 4 de março de 2007
  15. Kurkjian, Vahan. History of Armenia, Michigan, 1968; Armenian Soviet Encyclopedia, v. 12, Ierevan 1987; Movsisyan, Artak. Sacred Highland: Armenia in the spiritual conception of the Near East, Ierevã, 2000; Kavoukjian, Martiros. The Genesis of Armenian People, Montreal, 1982
  16. "The Early History of Indo-European Languages", Thomas V. Gamkrelidze e V. V. Ivanov. Scientific American, Março de 1990, p.110

Bibliografia

Ligações externas

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