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Nas Igrejas Católicas Orientais, arcebispo maior ou arcebispo-mor é um título para um hierarca a cuja sé arquiepiscopal é concedida a mesma jurisdição em sua igreja particular (sui iuris) que um patriarca oriental tem na sua, mas que está, mesmo assim, abaixo na ordem de precedência que este mesmo patriarca.[1]
O título é, grosso modo, equivalente ao título patriarcal de católico (catholicós) utilizado em algumas igrejas ortodoxas. Internamente, a Igreja Siro-Malabar o utiliza para nomear o seu arcebispo maior.[2]
O título é utilizado por arcebispos de sés episcopais que foram fundadas depois da sé patriarcal e são, portanto, menos prestigiosas. Por isso, há diferenças entre as duas funções. Os arcebispos maiores estão imediatamente abaixo dos patriarcas na ordem de precedência da Igreja Católica.[3] Se feitos cardeais, arcebispos maiores se juntam à ordem dos cardeais-presbíteros enquanto que os patriarcas se juntam à ordem mais alta, a dos cardeais-bispos. Como os patriarcas, os arcebispos maiores são eleitos pelo sínodo da igreja sui iuris, mas sua eleição requer confirmação papal e não apenas uma mera notificação de comunhão plena, como se requer dos patriarcas.[4]
O título foi concedido pela primeira vez ao líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana em 1963. A Igreja Católica Siro-Malabar recebeu o título em 1992 e a Igreja Católica Siro-Malancara e a Igreja Greco-Católica Romena Unida com Roma em 2005, resultando em quatro igrejas lideradas por arcebispos maiores.[5]
Além do papel de governar sua igreja particular, de acordo com o direito canônico, todos os arcebispos maiores são membros da Congregação para as Igrejas Orientais da Cúria Romana.[6] Eles são obrigados a comparecer no encontro geral anual de sua congregação e a outras sessões se estiverem em visita a Roma ou forem capazes de fazê-lo.[7]
Sugestões já foram feitas várias vezes para elevar os arcebispos maiores à dignidade de patriarca, principalmente no caso dos ucranianos e siro-malabares. Vários papas, de Paulo VI a Bento XVI rejeitaram a proposta, pelo menos em parte com base em argumentos ecumênicos: é a esperança dos cristãos que estas jurisdições católicas irão um dia se reunificar com suas contrapartes ortodoxas na reunificação da igreja; por isso, estabelecer um "patriarcado" na Ucrânia seria considerado um insulto para o ortodoxo russo patriarca de Moscou (assim como seria negar-lhe o direito de utilizar legitimamente o título). O mesmo se aplica à Índia, onde o ato seria insultuoso para o sírio ortodoxo patriarca de Antioquia, que, tradicionalmente, goza da autoridade espiritual sobre os cristãos sírios na Índia.
Na década de 1960, irrompeu um forte movimento durante e depois do Concílio Vaticano II para elevar Josyf Slipyj, na época metropolita de Lviv para os ucranianos, ao status de patriarca e muitos de seus admiradores utilizam o título para se referir a ele historicamente, o que também acontece na Ucrânia atualmente quando os fieis se referem ao atual arcebispo maior. Porém, o papa Paulo VI especificamente recusou-se a conceder-lhe o título e, como alternativa, nomeou Slipyj o primeiro "arcebispo maior" de Lviv, criando desta forma o novo título (cuja sé mudou-se para Kiev depois disto) e os sucessores de Slipyj desde então tem feito uso do título.
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