Infeções por ancilostomídeos
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As infeções por ancilostomídeos são infeções intestinais causadas por parasitas da família dos ancilostomídeos.[1][5] As duas infeções por ancilostomídeos mais comuns entre seres humanos são a ancilostomíase, causada pela espécie Ancylostoma duodenale, e a necatoríase, causada pela espécie Necator americanus.[1] Os primeiros sinais são prurido e uma erupção cutânea no local da infeção.[1] As pessoas afetadas por poucos parasitas podem não manifestar outros sintomas.[1] As pessoas infetadas por muitos parasitas podem manifestar dor abdominal, diarreia, perda de peso e fadiga.[1] A doença pode também afetar o desenvolvimento mental e físico das crianças.[1]
Infeção por ancilostomídeos | |
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Ancylostoma caninum, um género de ancilostomídeo | |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Prurido, erupção cutânea localizada, dor abdominal e diarreia[1] |
Complicações | Anemia, deficiência de proteínas[2] |
Tipos | Ancilostomíase, necatoríase, outros |
Causas | Ancylostoma duodenale (Velho Mundo), Necator americanus (Novo Mundo)[1] |
Fatores de risco | Caminhar descalço em climas quentes com más condições de saneamento[1] |
Método de diagnóstico | Análise das fezes[1] |
Prevenção | Não caminhar descalço e não defecar ao ar livre[1] |
Medicação | Albendazol, mebendazol, suplementos de ferro[3] |
Frequência | 428 milhões (2015)[4] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B76.0 |
CID-9 | 126.9 |
CID-11 | 1542252776 |
MedlinePlus | 000629 |
eMedicine | 218805 |
MeSH | D000724 |
Leia o aviso médico |
Os parasitas depositam os ovos nas fezes das pessoas infetadas.[1] Quando as fezes são deixadas ao ar livre, os ovos eclodem em larvas (parasitas imaturos), que são capazes de penetrar na pele.[1] Um dos tipos pode também ser transmitido por alimentos contaminados.[1] Entre os fatores de risco estão caminhar descalço em climas quentes, onde geralmente as condições de saneamento são más.[1] O diagnóstico é realizado observando ao microscópio uma amostra de fezes para detectar a presença de ovos do parasita.[1]
A nível pessoal, a doença pode ser prevenida evitando caminhar descalço em regiões onde a doença é comum.[1] A nível populacional, as medidas de prevenção consistem em evitar a defecação ao ar livre, evitar usar fezes como fertilizante e desparasitação em massa.[1] O tratamento geralmente consiste na administração de albendazol ou mebendazol durante um a três dias.[3] Em pessoas com anemia podem ser necessários suplementos de ferro.[3] Entre as complicações da doença estão a anemia e a deficiência de proteínas.[1]
Em 2015, cerca de 428 milhões de pessoas foram infetadas por ancilostomídeos.[4] Embora as infeções mais graves possam ocorrer tanto em crianças como em adultos, são menos comuns em adultos.[2] Raramente as infeções causam a morte.[6] A infeção por ancilostomídeos é uma helmintíase transmitida pelo solo e encontra-se classificada como doença tropical negligenciada.[7]