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enfermeira brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Anna Justina Ferreira Nery, mais conhecida como Anna Nery ou Ana Néri (Cachoeira, 13 de dezembro de 1814 — Rio de Janeiro, 20 de maio de 1880), foi uma enfermeira brasileira, pioneira da enfermagem no Brasil.[1] É conhecida como "a mãe dos brasileiros" (apelido compartilhado, entre outras, com Maria Leopoldina da Áustria e Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias).[2][3]
Anna Justina Ferreira Nery | |
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Nascimento | 13 de dezembro de 1814 Cachoeira, Bahia |
Morte | 20 de maio de 1880 (65 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasil |
Ocupação | enfermeira, voluntária de guerra |
Filha de José Ferreira de Jesus e Luísa Maria das Virgens, Anna Justina Ferreira nasceu em Cachoeira na Bahia, em 13 de dezembro de 1814.[4]
Casou-se com o Capitão-de-fragata Isidoro Antônio Nery em 1837, quando adotou o sobrenome do marido, que viria a consagrá-la como Anna Nery. Com o cônjuge teve três filhos: Justiniano Nery, Antônio Pedro Nery e Isidoro Antônio Nery Filho. O marido morreu em 1843.[5]
Dois filhos de Anna Nery eram oficiais do Exército, e ao irromper a Guerra do Paraguai em dezembro de 1864, seguiram ambos para o campo de luta, acompanhados do tio, o Major Maurício Ferreira, irmão de Anna. Anna requereu, então, ao presidente da província da Bahia, o conselheiro Manuel Pinho de Sousa Dantas, que lhe fosse facultado acompanhar os filhos e o irmão durante os combates, ou, que ao menos, ela pudesse prestar serviços nos hospitais do Rio Grande do Sul. Deferido o pedido, Anna partiu de Salvador, incorporada ao décimo batalhão de voluntários em agosto de 1865, na qualidade de enfermeira.
Durante toda a campanha, prestou serviços ininterruptos nos hospitais militares de Salto, Corrientes, Humaitá e Assunção, bem como nos hospitais da frente de operações. Viu morrer na luta um de seus filhos.[6]
Terminada a guerra, regressou à sua cidade natal, onde lhe foram prestadas grandes homenagens. O governo imperial concedeu-lhe a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de primeira classe.
Anna morreu na cidade do Rio de Janeiro aos 65 anos, em 20 de maio de 1880.
Em sua homenagem, em 1926 a Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde foi denominada "Escola de Enfermeiras D. Anna Nery", hoje Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN), vinculada a UFRJ , a primeira escola de enfermagem no Brasil.[7]
Em 1938, Getúlio Vargas, assinou o Decreto n.º 2 956, que instituía o "Dia do Enfermeiro", a ser celebrado a 12 de maio, devendo nesta data ser prestadas homenagens especiais à memória de Anna Nery, em todos os hospitais e escolas de enfermagem do País.[8]
Em 2009, por intermédio da Lei n.º 12 105, de 2 de dezembro de 2009, Anna Justina Ferreira Nery foi a primeira mulher a entrar para o Livro dos Heróis e das Heroínas da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília - Distrito Federal.[9]
Além das inúmeras homenagens que Ana Néri recebeu, em 1967 a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou um selo comemorativo com o busto da enfermeira numa série de personalidades femininas com relevo histórico.[10][11]
A Petrobras batizou uma das plataformas do Plano de Revitalização do Campo de Marlim, na Bacia de Campos, de FPSO Anna Nery.[12]
A casa em que Ana Nery nasceu foi tombada pelo IPHAN em 1941 e, em 1952, incorporada ao Patrimônio do Estado da Bahia.[13]
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