Alto Paraná (departamento)
departamento do Paraguai / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Alto Paraná é uma subdivisão administrativa do Paraguai. Sua capital é Cidade do Leste. Com uma população estimada em 830.943 habitantes (DGEEC),[1] tornando-se o segundo departamento mais populoso e é o sétimo maior em área territorial, com uma área de 14,895 km². Está localizado a leste da Região Leste. Sua fronteira norte do departamento de Canindeyú, a leste pela República Federativa do Brasil e da Argentina, a sul pelo departamento de Itapúa, no sudoeste do departamento de Caazapá e ao oeste pelo departamento de Caaguazú. Sua economia é baseada principalmente na agricultura e é o maior produtor de soja no país.
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Departamento | |||
Símbolos | |||
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Localização | |||
Capital | Ciudad del Este | ||
País | Paraguai | ||
Características geográficas | |||
Área total | 14 895 km² | ||
População total (2019 est.) | 830 943 hab. | ||
ISO 3166-2 | PY-10 |
Além de Ciudad del Este, Hernandarias é uma das cidades mais povoadas do Departamento de Alto Paraná. Hernandarias foi fundada em 1896, através da lei número 23. No final do século XIX, a cidade tinha se transformado num porto renomado, que era conhecido com o nome de Tacurú Pucú.
Através deste porto se enviava toras de madeira em jangadas utilizando-se o curso do rio Paraná até a cidade de Encarnación. E de Encarnacìón se trazia telas, equipamentos agrícolas, e principalmente charque, que servia de alimento para os trabalhadores da cidade.
Em Tacurú Pucú, onde hoje é Hernandarias, concentrava-se toda a atividade comercial da época. Cada mês chegava um barco que além de trazer notícias e alimentos de Encarnación, também trazia os trabalhadores recém contratados, a quem era hábito pagar por mês e ainda adiantado a fim de que os mesmos pudessem enviar o dinheiro a seus familiares, que geralmente eram deixados para trás em outros vales. Era comum muitos destes trabalhadores jamais retornarem a suas casas, ou por acidentes de trabalhos ou por mordida de serpentes, escorpiões, etc.
Além disso, historiadores comentam que, naquela época, pelo menos nesta parte do Paraguai valia a lei da selva, onde só sobreviviam os mais fortes e resistentes. Os trabalhadores da época viviam praticamente em estado de escravidão, eram obrigados a trabalhar inclusive em dia de chuva. É comprovado também que muitos trabalhadores não viam nunca a cor do dinheiro, uma vez que gastavam muito em comida, bebida e outras coisas, em valores que superava em muito o salário recebido, de tal forma que nunca podiam saldar sua dívida e, por conseguinte, não podiam abandonar o trabalho se não pagassem a conta pendente.