Adele Zay
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Adele Zay (Hermannstadt, 29 de fevereiro de 1848 – Brașov, 29 de dezembro de 1928) foi uma professora, feminista e pedagoga da Transilvânia. Sua família era parte da comunidade falante de alemão do Reino da Hungria. Por causa da morte do pai durante sua infância, a educação de Zay foi interrompida por períodos nos quais ela lecionou para ganhar dinheiro e continuar seus estudos formais. Em 1880, após estudar fora em Viena e Gota, ela foi aprovada na certificação de educação primária da Alemanha e da Hungria. No ano seguinte Zay foi certificada como professora secundária, tornando-se a primeira mulher da Transilvânia a ter um ensino superior. De 1875 a 1884 ela lecionou no Instituto de Irma Keméndy em Szeged.
Adele Zay | |
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Outros nomes | Zay Adél |
Nascimento | 29 de fevereiro de 1848 Hermannstadt, Império Austríaco (hoje Romênia) |
Morte | 29 de dezembro de 1928 (80 anos) Brașov, Reino da Romênia |
Ocupação | professora, pedagoga, ativista dos direitos das mulheres |
Período de atividade | 1865–1927 |
Após quase uma década em Szeged, Zay aceitou um cargo em uma escola normal recém inaugurada para treinamento de professores de jardim de infância em Kronstadt (Brassó). Embora fosse ostensivamente uma professora, desde o princípio Zay foi a força criativa por trás do desenvolvimento da escola e escreveu sua ementa. Ela liderou a escola de 1884 a 1927, tornando-se oficialmente diretora em 1922. Simultaneamente com sua mudança para Kronstadt, Zay juntou-se à Associação Geral de Mulheres da Igreja Evangélica da Transilvânia e tornou-se uma das líderes na luta pelos direitos das mulheres. Ela lutou com sucesso para que professores de jardim de infância e de artesanato fossem reconhecidos como educadores e, assim, com direito à aposentadoria. Ela fez lobby para que a docência fosse permitida às mulheres, o que foi realizado em 1901, e para que uma escola normal feminina fosse fundada, o que ocorreu em 1903.
Zay escreveu livros sobre a teoria da educação infantil, distribuídos pela Hungria e Alemanha e usados como base para treinamento de professores até a Segunda Guerra Mundial. Tendo feito contato durante seus estudos no exterior com feministas internacionais, Zay pressionou para que as mulheres tivessem o direito de voto. Em 1918 sua campanha resultou com que as mulheres ganhassem o direito ao voto para eleições de igrejas. Ela fundou a Freie Sächsische Frauenbund (Liga das Mulheres Saxônicas Livres) em 1920 como uma organização guarda-chuva para ajudar as mulheres a lutar por direitos sociopolíticos do Reino da Romênia, sob cuja jurisdição a Transilvânia caiu após o fim da Primeira Guerra Mundial. Na década de 1920, Zay serviu como membro do parlamento e membro do Comitê Distrital do Conselho do Povo de Burzenland. Ela permaneceu ativa nos movimentos educacionais e políticos até sua morte, em 1928.