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escritora francesa Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Adélaïde-Marie-Émilie Filleul, condessa de Flahaut de la Billarderie (Paris, 14 de maio de 1761 — Paris, 19 de abril de 1836) foi uma escritora francesa.
Adélaïde de Souza | |
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Retrato em miniatura pertencente à Marquesa de Rio Maior | |
Nascimento | Adélaïde-Marie-Émilie Filleul 14 de maio de 1761 Paris |
Morte | 19 de abril de 1836 Paris |
Residência | Hôtel Le Maître |
Sepultamento | cemitério do Père-Lachaise, Grave of Flahault de La Billarderie |
Cidadania | França |
Progenitores |
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Cônjuge | Charles-François de Flahaut de La Billarderie, Morgado de Mateus |
Filho(a)(s) | Charles de Flahaut |
Irmão(ã)(s) | Marie-Françoise Julie Constance Filleul |
Ocupação | escritora, salonnière, romancista |
Título | conde |
Assinatura | |
Sua mãe, Marie Irène Catherine du Buisson, filha do seigneur de Longpré, perto de Falaise, casou-se com um burguês dessa cidade chamado Filleul. Foi relatado, embora sem nenhuma prova, que a senhora Filleul foi amante de Luís XV e a maioria dos genealogistas reais a dão como sendo sua filha, embora nunca reconhecida. Seu marido tornou-se um dos secretários do rei, e a senhora Filleul fez muitos amigos, dentre eles Jean-François Marmontel. Sua filha mais velha, Julie, casou-se com Abel François Poisson, marquês de Marigny (1727-1781); Adélaïde se casou em 30 de janeiro de 1779 com Alexandre de Sébastien de Flahaut de La Billarderie, conde de Flahaut de La Billarderie, um soldado de um certo prestígio, que era muitos anos mais velho que ela.
Em Paris, logo formou-se em sua volta um salão literário, no qual a figura principal era a de Charles Maurice de Talleyrand. Há muitas alusões ao seu caso amoroso no diário de Gouverneur Morris, que foi outro de seus amantes. Em 1785 nasceu seu filho Charles Joseph, conde de Flahaut, geralmente considerado filho de Talleyrand. A senhora de Flahaut fugiu de Paris em 1792 e ingressou na sociedade dos émigré em Mickleham, Surrey, como relatado nas Memoirs de Madame d'Arblay. O marido dela permaneceu em Boulogne-sur-Mer, onde foi preso em 29 de janeiro de 1793 e guilhotinado. A senhora de Flahaut agora passou a depender economicamente da venda de seus romances, dos quais o primeiro, Adèle de Sénanges (Londres, 1794), que é parcialmente autobiográfico, foi o mais famoso.
Posteriormente Adélaïde deixou Londres e foi morar na Suíça, onde encontrou-se com Luís Filipe, duque de Orleans. Viajou em sua companhia para Hamburgo, onde viveu por dois anos, ganhando a vida como modista. Retornou à Paris em 1798, e em 17 de outubro de 1802 casou-se, como a sua segunda esposa, com Dom José Maria de Souza Botelho Mourão e Vasconcelos (Porto, 9 de março de 1758 - Paris, 1 de junho de 1825), ministro plenipotenciário português em Paris, 2º Senhor do morgado de Mateus, em primeiras núpcias, casou-se em Lisboa em 23 de novembro de 1783 com Dona Maria Teresa de Noronha, com quem teve um único filho, o futuro 1º conde do município de Vila Real. Seu marido foi chamado a Portugal em 1804, e foi-lhe oferecido a embaixada de São Petersburgo, mas no ano seguinte, renunciou ao posto, e instalou-se definitivamente em Paris, onde tinha muitos amigos, entre eles o historiador Jean Charles Léonard de Sismondi. Ocupou-se principalmente com a preparação de uma bela edição de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, que foi concluída em 1817.
A senhora de Souza perdeu o seu poder social após a queda do Primeiro Império, e foi abandonada até mesmo por Talleyrand, embora este continuasse a prestar ajuda econômica a Charles de Flahaut. Seu marido morreu em 1825, e após a acessão ao trono francês por Luís Filipe, viveu em relativa reclusão até à sua morte. Educou seu neto, Charles, duque de Morny, filho natural de seu filho com a rainha Hortênsia. Entre seus últimos romances estão: La Comtesse de Fargy (1822) e La Duchesse de Guise (1831). Suas obras completas foram publicadas entre 1811 e 1822.
Adélaïde de Souza escreveu um grande número de romances, sendo o mais importante Adèle de Senange. Chénier disse que ela era uma daquelas mulheres "que figuram com maior distinção entre os romancistas modernos". Sainte-Beuve publicou uma edição de suas obras em 1843; Leo Tolstoi menciona seus romances várias vezes em Guerra e paz.[1][2]
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