Śāntarakṣita
filósofo indiano / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Śāntarakṣita (que pode ser aportuguesado como "Xântaracxita"; sânscrito: शान्तरक्षित; em tibetano: ཞི་བ་འཚོ; Wylie: zhi ba tsho),[3] cujo nome se traduz como "protegido por Aquele que está em paz" (uma forma poética de "protegido pelo Buda"), foi um importante e influente filósofo budista indiano, particularmente para a tradição budista tibetana.[4] Śāntarakṣita foi um filósofo da escola Madiamaca que estudou no mosteiro Nalanda sob Jñānagarbha, e se tornou o fundador de Samye, o primeiro mosteiro budista no Tibete.
Śāntarakṣita | |
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Pintura do século XIX representando episódios biográficos da vida de Shantarakshita. | |
Nascimento | Reino de Zahor (Índia Oriental)[1][2] |
Ocupação | Tradutor, filósofo, abade |
Śāntarakṣita defendeu uma filosofia sintética que combinou Madiamaca, Iogachara e a logicoepistemologia de Dharmakirti em um novo sistema filosófico madiamaca.[4] Essa abordagem filosófica é conhecida como Yogācāra-Mādhyamika ou Yogācāra-Svatantrika-Mādhyamika no budismo tibetano.[5][4] Ao contrário de outros filósofos madiamacas, Śāntarakṣita aceitou doutrinas iogacharas como "mente apenas" (cittamatra) e "consciência autorreflexiva" (svasamvedana), mas somente no nível da verdade convencional.[4][6] De acordo com James Blumenthal, esta síntese é o grande desenvolvimento final na filosofia budista indiana antes do desaparecimento do budismo da Índia (c. séculos XII–XIII).[6]