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A Cultura Arqueológica Báctria–Margiana[1] (abreviada CABM; em inglês: BMAC) é a designação arqueológica moderna para uma civilização particular da Idade do Bronze Média do sul da Ásia Central, também conhecida como Civilização do Oxo ou civilização báctrio-margiana. A fase urbana da civilização ou Era da Integração,[2] foi datada em 2010 por Sandro Salvatori como c. 2.400–1950 a.C;[3][4] mas uma visão diferente é sustentada por Nadezhda A. Duvoba e Bertille Lyonnet, c. 2.250–1.700 a.C.[4][5]
Embora possa ser chamada de "civilização do Oxo", aparentemente centrada no alto Amu Dária (Rio Oxo) na Báctria, a maioria dos locais urbanos da CABM estão na verdade localizados em Margiana (atual Turcomenistão), no delta do rio Murgabe, e na cordilheira Kopet Dagh. Há alguns sítios posteriores (c. 1950 a 1450 a.C.) no norte da Báctria, atualmente conhecido como sul do Uzbequistão,[6] mas são em sua maioria cemitérios pertencentes à cultura de Sapalli relacionada ao CABM.[7][8][9] Um único sítio CABM, conhecido como Dashli, fica no sul da Báctria, atual território do norte do Afeganistão.[10] Os sítios encontrados mais a leste, no sudoeste do Tadjiquistão, embora contemporâneos dos principais sítios do CABM em Margiana, são apenas cemitérios, sem nenhum desenvolvimento urbano associado a eles.[11] Devido a descobertas recentes no nordeste do Irã, fazendo com que a civilização se estendesse de lá até o Tadjiquistão correspondendo à região sassânida do Corassam, alguns autores propuseram também nomeá-la "Grande Civilização do Corassam", enquanto Gregory Possehl, de forma mais cultural, prefere o termo "Esfera de Interação da Ásia Central".[1]
A civilização foi nomeada originalmente "complexo arqueológico Báctria–Margiana" pelo arqueólogo soviético Viktor Sarianidi em 1976, durante o período (1969-1979) em que ele estava escavando no norte do Afeganistão.[12][1] As escavações de Sarianidi a partir do final da década de 1970 revelaram numerosas estruturas monumentais em muitos locais, fortificadas por impressionantes muros e portões. Os relatórios sobre o CABM limitaram-se principalmente aos jornais soviéticos.[13] Um jornalista do The New York Times escreveu em 2001 que, durante os anos da União Soviética, as descobertas eram em grande parte desconhecidas do Ocidente até que o trabalho de Sarianidi começou a ser traduzido na década de 1990.[14] No entanto, algumas publicações de autores soviéticos, como Masson, Sarianidi, Atagarryev e Berdiev, estavam disponíveis para o Ocidente, traduzidas na primeira metade da década de 1970, pouco antes de Sarianidi rotular as descobertas como CABM.[15][16][17][18] A proposta de nomeá-la alternativamente como "civilização do Oxo" foi feita pelo arqueólogo Henri-Paul Francfort.[19]