Perda auditiva em profissionais da música
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Os Riscos auditivos em músicos estão relacionados a exposição a níveis de pressão sonora elevados, que estão presentes tanto nos ensaios individuais e coletivos, quanto nas apresentações[1][2]. Podem acarretar em prejuízos ocupacionais e devido a exposição prolongada à música com níveis de pressão sonora elevados, problemas auditivos e não auditivos como, dores de cabeça, surdez temporária, fadiga auditiva, impactando a qualidade de vida do músico.[3][4][5]
A música é a organização de sons com a intenção de ser ouvida[6], sendo dividida em melodia, ritmo e harmonia. A música também possui propriedades importantes como duração, intensidade, altura e timbre para defini-la. Ela é responsável por estimular diversas áreas do cérebro, estando fortemente associada como parte importante da expressão das emoções e pensamentos do ser humano.[7] Ela está presente no dia a dia das pessoas; é importante no aspecto cultural e da preservação da herança, além do aspecto cognitivo que permite explorar a expressão e a imaginação. Por isso, recomenda-se a estimulação musical em todos os níveis de educação.[8] [9]Por ser reconhecida como um som agradável, que remete a fatos e/ou acontecimentos importantes e proporciona diversos benefícios à saúde e bem estar, geralmente não é reconhecida como uma ameaça à saúde auditiva.[10] Além disso, ouvir e produzir música é uma experiência perceptual que envolve as vias auditivas periféricas e centrais, que se ocupam da percepção dos elementos da música, por meio da análise melódica e temporal do repertório para alcançar a percepção musical[11].
A fisiologia da execução musical envolve os movimentos do corpo e a técnica de execução de um determinado instrumento. Ao mesmo tempo as informações são captadas sensorialmente por receptores táteis, visuais, auditivos e proprioceptivos, que são analisados. A percepção auditiva é influenciada por fatores afetivos e culturais e é determinada para regular a afinação individual em relação ao envolvimento com o restante do grupo. Também auxilia estabelecendo trajetórias sonoras que são memorizadas e que informam a reentrada em um compasso.[12] No entanto, a exposição sistemática a elevados níveis de pressão sonora (mesmo sendo a música) podem ocasionar danos auditivos[9] como a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR).