O Último Tamoio
pintura de Rodolfo Amoedo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Último Tamoio é um óleo sobre tela pintado por Rodolfo Amoedo, no ano de 1883.[1] A obra foi produzida na França, local onde o pintor morou por alguns anos e pintou suas maiores obras.[2] Na imagem retratada, Aimberê, índio chefe dos Tamoios, está morto numa praia. Ao seu lado, segurando seu braço esquerdo e levantando piedosamente sua cabeça, está o Padre José de Anchieta.[2] Atualmente, o quadro pertence ao Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.[2]
O Último Tamoio | |
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Autor | Rodolfo Amoedo |
Data | 1883 |
Técnica | tinta a óleo, tela |
Dimensões | 180,3 centímetro x 261,3 centímetro |
Localização | Museu Nacional de Belas Artes |
Descrição audível da obra no Wikimedia Commons | |
Vinte e sete anos antes de Rodolfo Amoedo pintar o quadro, o ensaísta Domingos José Gonçalves de Magalhães escreveu um livro intitulado "A Confederação dos Tamoyos". Com a obra, o autor pretendia trazer reconhecimento à luta indígena no Brasil durante os anos em que o País esteve sob o domínio de Portugal. A publicação do livro foi custeada pelo imperador Pedro II. A história traz Aimberê e o padre jesuíta como personagens e foca na luta que os índios traçaram contra os portugueses da época pela liberdade de vida e pela sobrevivência no Brasil. Foi inspirado nos últimos versos de um poema do livro, que relatam como teriam sido os momentos finais de vida do índio Aimberê, que Rodolfo Amoedo pintou o quadro "O Último Tamoio": [3]
[...] "De Aimbire e de Iguassú os corpos eram! / Vio-os Anchieta com chorosos olhos; / Para a terra os tirou; e n’essa praia / Que inda depois de mortos abraçavam, / Sepultura lhes deo, p’ra sempre unidos!".[4]
Alguns estudiosos atentam para a semelhança do quadro O Último Tamoio, de Amoedo, e a litografia Rua Transnonain, 15 de abril de 1834, do caricaturista e chargista francês Honoré Daumier. No entanto, não há fatos ou documentos concretos capazes de comprovar que Amoedo tinha conhecimento sobre essa obra de Daumier. Ainda assim, além de haver elementos bastantes parecidos na pintura em si, há também semelhança entre os momentos históricos retratados pelos autores: ambos focavam em importantes lutas populares da época.[2]