Monarquia tradicional
tipo de monarquia / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A monarquia tradicional, defendida pelo miguelismo durante a vigência da monarquia portuguesa e pelo integralismo lusitano durante a período republicano, em Portugal, e, no Brasil, pelo patrianovismo,[1] é uma forma de governo que vigorou em boa parte da Europa durante a Idade Média e Idade Moderna. Opondo-se à monarquia constitucional partidocrática e à monarquia absolutista, consiste em uma monarquia regida pelos princípios do tradicionalismo ou da tradição,[2] organizada na base da família e da propriedade.[3] Seus adeptos combatem o pombalismo, o absolutismo[4][5][6][7][8] e o republicanismo.
No Reino de Portugal nasceu no tempo do primeiro rei, tendo sido interrompida pela primeira vez na dinastia filipina, para ser recomeçada em 1640.[9] António Sardinha entendia que essa altura, na Restauração da Independência de Portugal, foi o seu ponto alto,[10] alicerçada por um dos seus principais mentores, o conjurado João Pinto Ribeiro, que proclamava que a monarquia vale “por virtude própria, independentemente da figura que a encarna”.[11] O absolutismo surge um século mais tarde em Portugal com a governação de D. José I, nas mãos de Marquês de Pombal.
Na monarquia sob uma égide tradicional o rei reina e governa, mas tem o seu poder limitado pelas assembleias — nomeadamente as cortes, as agremiações profissionais e o municipalismo — constituídas pelos representantes dos corpos intermediários, dos grupos naturais componentes da Comunidade, às quais cabe a administração dos negócios do Estado.[12]
Costuma ser chamada também de monarquia temperada (aquela em que a autoridade do monarca é limitada de outro ou outros poderes),[13] tida por São Tomás de Aquino como a melhor dentre as formas de governo.[14] Por sua preocupação em que a sociedade se veja representada é igualmente denominada monarquia representativa,[11][15] ao mesmo tempo que é monarquia hereditária.[16]