Manuel de Araújo Porto-Alegre
poeta, pintor e linguista de Rio Pardo, RS (1806-1879) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Manuel José de Araújo Porto-Alegre,[2] primeiro e único barão de Santo Ângelo (Rio Pardo, 29 de novembro de 1806 – Lisboa, 30 de dezembro de 1879), foi um escritor, político, jornalista, pintor, caricaturista, arquiteto, crítico e historiador de arte, professor e diplomata brasileiro.
Manuel de Araújo Porto-Alegre | |
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Manuel José de Araújo Porto-Alegre | |
Nome completo | Manuel José de Araújo Porto-Alegre |
Pseudônimo(s) | Tibúrcio do Amarante |
Outros nomes | Barão de Santo Ângelo; Pitangueira; Manuel de Araújo Porto-alegre |
Nascimento | 29 de novembro de 1806 Rio Pardo, RS, Brasil |
Morte | 30 de dezembro de 1879 (73 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Francisca Antônia Viana[1] Pai: Francisco José de Araújo[1] |
Cônjuge | Paulina Delamare |
Filho(a)(s) | Carlota Porto-Alegre, Paulo Porto-Alegre |
Alma mater | Academia Imperial de Belas Artes |
Ocupação | Escritor, político, jornalista, pintor, caricaturista, arquiteto, professor, diplomata |
Período de atividade | século XIX |
Cargo | Vereador do Rio de Janeiro; professor e diretor da Academia Imperial de Belas Artes; professor da Academia Militar; orador oficial do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; cônsul-geral do Brasil em Portugal |
Escola/tradição | Neoclassicismo; Romantismo |
Título | Barão de Santo Ângelo , recebido em 1874. Outros títulos: grande dignitário da Ordem da Rosa, cavaleiro da Ordem de Cristo, comendador da Ordem de Carlos III de Espanha, Cruz de Ferro de segunda classe, membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, patrono da cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras e da cadeira 5 do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro. |
Armas do barão de Santo Ângelo, as mesmas do ramo nobre português da família Araújo. |
Um dos mais expressivos e versáteis intelectuais brasileiros dos meados do século XIX, viu-se colocado entre a memória da colônia e a emergência do império independente, e dividido entre o débito cultural para com a Europa e a necessidade de cultivar a brasilidade. No plano estético, tendo recebido uma formação neoclássica, abriu-se para outras influências e se tornou um dos primeiros românticos brasileiros. Compartilhou dos pensamentos e anseios de um influente grupo de intelectuais e políticos agregados em torno do imperador e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que estavam redesenhando o projeto da nação e concebendo meios de fazê-la progredir. Neste projeto, a reinterpretação da história nacional e o cultivo das artes e ofícios teriam um papel de relevo.
Porto-Alegre transitou nos mais altos escalões e foi uma figura ativa nessa evolução política, cultural e institucional como teórico, articulista, organizador, administrador, pesquisador e professor. Discípulo favorito de Debret (um dos principais membros da Missão Artística Francesa), foi uma das figuras centrais na conceituação e estabilização do sistema de ensino artístico acadêmico, sendo professor e diretor da Academia Imperial de Belas Artes. Em sua produção destaca-se sua volumosa obra escrita, contemplando vários campos, incluindo literatura, filosofia, história, teologia, linguística, arqueologia e belas artes. Também deixou um pequeno legado em pintura e projetou alguns edifícios.