Liga metálica
mistura entre dois ou mais elementos metálicos / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Ligas metálicas são materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais elementos químicos sendo que pelo menos um deles é metal.[1][2] Apesar da grande variedade de metais existentes, a maioria não é empregada em estado puro, mas em ligas com propriedades alteradas em relação ao material inicial, o que visa, entre outras coisas, a reduzir os custos de produção.
As indústrias automobilísticas, aeronáuticas, navais, bélicas e de construção civil são as principais responsáveis pelo consumo de metal em grande escala. São também representativos os setores de eletrônica e comunicações, cujo consumo de metal, apesar de quantitativamente inferior, tem importância capital para a economia contemporânea. Ligas metálicas são materiais de propriedade semelhantes às dos metais e que contêm pelo menos um metal em sua composição. Há ligas formadas somente de metais e outras formadas de metais e semimetais (boro, silício, arsênio, antimônio) e de metais e não-metais (carbono, fósforo).
É interessante constatar que as ligas possuem propriedades diferentes dos elementos que as originam. Algumas propriedades são tais como diminuição ou aumento do ponto de fusão, aumento da dureza, aumento da resistência mecânica.
Em relação às diferentes propriedades dos elementos a partir dos quais se originam, as ligas metálicas podem ser classificadas em dois tipos principais: ligas substitucionais e ligas intersticiais.
- Nas ligas substituicionais: Os átomos desse tipo de liga substituem os átomos do metal base na estrutura cristalina. Isso acontece porque a diferença dos seus raios é muito pequena, o que acaba facilitando a substituição da rede cristalina para os metais das ligas. Apesar da pequena diferença entre seus raios e constitutiva as semelhanças das suas estruturas eletrônicas, os átomos menos abundantes das ligas acabam distorcendo a estrutura reticular dos átomos mais abundantes do metal base. Com isso, as ligas metais substituicionais apresentam uma propriedade de maior resistência e dureza em comparação do metal de origem.[3]
- Nas ligas intersticiais: Os átomos desse tipo de liga ocupam os espaços intersticiais, ou seja, os espaços vazios existentes entre os átomos do metal base. Os átomos que ocupam os espaços intersticiais da estrutura cristalina metal de origem acabam causando uma interferência na restrição dos movimento dos átomos, resultando em dureza e resistência maior que o metal de origem. Além disso, esses tipos de ligas possuem maior coesão e melhores propriedades mecânicas.[3]
Ligas metálicas mais comuns no cotidiano:
- Aço — constituído por ferro e carbono.
- Aço inoxidável — constituído por ferro, carbono, crômio e níquel.
- Ouro de joias — constituído por ouro (75%), prata e/ou cobre (25%) para o ouro 18K. O ouro 24K tem 99% de ouro.
- Amálgama dental (utilizada em obturação) — constituída por mercúrio, prata e estanho.
- Bronze — constituído por cobre e estanho.
- Latão (utilizado em armas e torneiras) — constituído por cobre e zinco.
As ligas metálicas podem ser classificadas em basicamente dois tipos de ligas; ligas ferrosas e ligas não ferrosas.