Imigração europeia nas Américas
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A imigração europeia nas Américas foi um dos maiores movimentos migratórios ocorridos na História da humanidade. Entre os anos de 1492 e 1930, mais de 60 milhões de europeus imigraram para as Américas. A chegada de Cristóvão Colombo às Bahamas, em 1492, colocou Europa e as Américas em contato pela primeira vez na História e esse acontecimento teve consequências profundas para os dois continentes, cuja História, a partir de então, ficaria para sempre entrelaçada.
A imigração de vários milhões de europeus para as Américas, a partir do seu descobrimento, foi fundamental para a formação da sociedade do Novo Mundo. O assentamento e as doenças europeias devastaram boa parte das populações indígenas americanas e levaram a uma disputa territorial que teve como resultado espalhar a presença europeia desde a Baía de Hudson, no norte do Canadá, até a Terra do Fogo, na ponta sul da América do Sul. Dos portos atlânticos da Europa — inicialmente da Espanha e de Portugal, às quais se juntaram as outras potências coloniais (Grã-Bretanha, França e Países Baixos) e, posteriormente, das mais diversas partes do continente — onda após onda de colonos e imigrantes, ricos e pobres, embarcou em busca de fortuna "além-mar".
Entre 1492 e 1820, aproximadamente 2,6 milhões de europeus imigraram para as Américas, dos quais pouco menos de 50% eram britânicos, 40% eram espanhóis ou portugueses, 6% eram suíços ou alemães e 5% eram franceses. Fidalgos, funcionários do governo, comerciantes, servos, Filles du Roi, artesãos, soldados, agricultores e fazendeiros estavam entre esses europeus que embarcaram para as Américas, no início da Idade Moderna.
Todavia, foi no século XIX e na primeira metade do século XX que a imigração europeia para as Américas atingiu seu ápice histórico. Nunca antes na História da humanidade tantas pessoas imigraram para um outro continente. Entre 1815 e 1930, 60 milhões de europeus emigraram, dos quais 71% foram para a América do Norte, 21% para a América Latina e 7% para a Austrália.[1] Essa imigração em massa teve como pano de fundo problemas econômicos e sociais no Velho Mundo, aliados a mudanças estruturais que facilitaram o movimento migratório entre os dois continentes. Britânicos e ibéricos continuaram imigrando, porém os fluxos oriundos de outras regiões da Europa, particularmente Alemanha, Itália, Irlanda, Áustria-Hungria, Império Russo e de países escandinavos também se tornaram numerosos.