Igreja Ortodoxa Japonesa
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A Igreja Ortodoxa no Japão ou Igreja Ortodoxa Japonesa (em japonês: 日本ハリストス正教会, transl. Nihon Harisutosu Seikyōkai) é uma jurisdição autônoma da Igreja Ortodoxa sob a jurisdição de Igreja Ortodoxa Russa.[1] O atual primaz é Serafim (Tsujie), Arcebispo de Tóquio e Metropolita de Todo o Japão, desde 2023.[2]
Igreja Ortodoxa Japonesa (Nihon Harisutosu Seikyōkai) | |
Catedral da Santa Ressurreição, em Chiyoda, Tóquio | |
Fundador | São Nicolau do Japão (1861) |
Independência | 1970 (Autonomia) |
Reconhecimento | Igreja Ortodoxa Russa, como Igreja autônoma. |
Primaz | Metropolita Serafim |
Sede Primaz | Tóquio, Japão |
Território | Japão |
Posses | Nenhuma |
Língua | Japonês |
Adeptos | 30 mil |
Site | Igreja Ortodoxa no Japão |
São Nicolau do Japão, nascido Ivan Dimitrovich Kasatkin, levou o Catolicismo Ortodoxo ao Japão no século XIX.[3] Em 1861 ele foi enviado pela Igreja Ortodoxa Russa para Hakodate em Hokkaido como um padre a uma capela do Consulado da Rússia.[4] Embora o governo dos xoguns de então proibia a conversão dos japoneses ao cristianismo, logo alguns vizinhos que frequentemente visitavam a capela converteram-se em 1864.[4]
Além de breves viagens, Nicolau esteve no Japão, mesmo durante a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), e espalhou por todo o país o Catolicismo Ortodoxo, sendo apontado como o primeiro Bispo da Igreja Ortodoxa japonesa. Ele mudou sua Sede de Hakodate para Tóquio em torno de 1863. Em 1886 a Igreja Ortodoxa japonesa tinha mais de 10.000 fiéis batizados.[4] São Nicolau do Japão é também conhecido pelas suas traduções do Novo Testamento e de outros livros religiosos.[5]
A missão inicial de estabelecer a Igreja Ortodoxa japonesa dependia da Igreja Ortodoxa Russa, especialmente em questões financeiras. A guerra entre a Rússia e o Japão criou uma situação politicamente difícil para a igreja. Após a Revolução Russa, o apoio e as comunicações espirituais e financeiras da Igreja eram imprevistos.[4]
O Grande terremoto de Kanto em 1923, causou danos graves para a Igreja Ortodoxa japonesa. A sede na Catedral da Santa Ressurreição, foi destruída e queimada, incluindo a biblioteca, juntamente com muitos documentos valiosos. A sede foi reconstruída em 1929, graças às contribuições dos fiéis liderados pelo Metropolitano Sérgio (George Alexeievich Tikhomirov).[4]
Durante os quinze anos da guerra (1930-1945), dos quais os anos de 1939 até 1945 faziam parte da Segunda Guerra Mundial, o cristianismo no Japão sofreu grandes problemas, especialmente a Igreja Ortodoxa. Após a rendição japonesa, a ocupação aliada teve uma atitude generosa para o cristianismo, dada a sua composição predominantemente de americanos. Como a maioria dos eslavos e gregos-americanos compareciam nas paróquias ortodoxas locais a ortodoxia no Japão, deu um passo adiante. Durante a guerra, a Igreja Ortodoxa japonesa não tinha quase nenhum contato externo. Depois da guerra, em vez da Igreja Russa, os precursores da Igreja Ortodoxa na América (OCA) ajudaram a revigorar a Igreja Ortodoxa japonesa que foi governada por Bispos da OCA.[4]
Quando a Igreja Ortodoxa na América foi declarada autocéfala pelo Patriarca de Moscou em 1970, a OCA devolveu a Igreja do Japão à Igreja Ortodoxa Russa e, esta, por sua vez, deu autonomia à Igreja Ortodoxa do Japão. Em conseqüência disso, o Primaz desta Igreja teria de ser, a partir de então, confirmado pelo Patriarca de Moscou[6].
Em 2005, o primeiro mosteiro da Igreja Ortodoxa japonesa foi inaugurado em Tóquio perto da Catedral da Santa Ressurreição.[7]
A Igreja Ortodoxa no Japão tem três dioceses:
O Primaz da Igreja Ortodoxa no Japão é Daniel (Nushiro), Metropolita de Todo o Japão e Arcebispo de Tóquio (desde maio de 2000)[2]. Antes de se tornar Arcebispo de Tóquio e Metropolita de Todo o Japão, Daniel foi Bispo de Quioto e desde 2001 também está à frente da Diocese de Quioto como lugar-tenente.
No final de 2014, de acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Cultura do Japão, a Igreja Ortodoxa japonesa tinha um total de 67 paróquias (comunidades), 37 clérigos e 9.619 seguidores (membros registrados).[10]
Atualmente estima-se que a Igreja Ortodoxa do Japão tenha em torno de 30.000 fiéis.[11]
A Igreja Ortodoxa japonesa possui em Tóquio um seminário ortodoxo, que só aceita homens e os educa teologicamente em três anos, a qual se graduam e tornam-se futuros sacerdotes e missionários. O seminário também publica a revista mensal oficial, chamada "Seikyo Jiho".[12]
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