Encenação do poder político
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A encenação do poder político é o modo como os seus detentores exibem a natureza deste poder a quem governam, aos seus pares ou aos seus rivais. Encontram-se em sepulturas representações (pinturas e esculturas) de elementos (ornamentos ou insígnias) que mostram que em certas sociedades eram frequentemente distinguidos os indivíduos segundo um sistema hierárquico.[1][2]
Parece ser rapidamente que o princípio do estabelecimento simbólico das diferenças se transforma num exercício psicológico do poder e da autoridade dos homens e mulheres que detêm o poder político. Isto vai não somente ser visível, mas é igualmente dramatizado com uma encenação através de uma simbologia estereotipada ou não.[3]
Em função das sociedades, da conjuntura histórica, estas encenações foram sempre destinadas a impressionar, evidenciar, mistificar, aterrorizar, ou simplesmente ridicularizar os espectadores.
A encenação pode assim ter uma função heurística, ilustrativa das diferentes responsabilidades do poder segundo o ponto de vista dos indivíduos, promover o ethos da pessoa pública ou, pelo contrário, desempenhar um papel de desinformação análogo ao da propaganda ao insistir sobre o pathos. Certas encenações poderão mesmo classificar-se no âmbito da pura propaganda do poder.
Esta preocupação de lidar com a aparência, com a ajuda de técnicas próximas do teatro e do espectáculo em geral, existe em numerosos domínios do poder, e em todas as formas de poder político.