Eleições municipais em Natal em 1988
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As eleições municipais em Natal em 1988 ocorreram em 15 de novembro como parte das eleições municipais em 24 estados brasileiros e nos territórios federais do Amapá e Roraima. No presente caso foram eleitos a prefeita Wilma Maia, o vice-prefeito Ney Lopes e 21 vereadores.[1][nota 1]
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Eleições municipais em Natal em 1988 | ||||
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15 de novembro de 1988 (Turno único) | ||||
Candidato | Wilma Maia | Henrique Eduardo Alves | ||
Partido | PDT | PMDB | ||
Natural de | Mossoró, RN | Rio de Janeiro, RJ | ||
Vice | Ney Lopes | José Bezerra Marinho | ||
Votos | 93.728 | 86.808 | ||
Porcentagem | 46,92% | 43,45% | ||
Candidato mais votado por zona eleitoral (5):
Wilma Maia (5) | ||||
Titular Eleito | ||||
Natural de Mossoró, a professora Wilma Maia formou-se em Letras na Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 1975, instituição onde foi assistente do Departamento de Educação, coordenadora de projetos e convênios da Pró-Reitoria de Planejamento e Coordenação Geral, especializando-se em Sociologia em 1978.[2] Nesse interregno assessorou a secretaria municipal de Educação de Natal na gestão do prefeito Vauban Bezerra. Entre 1973 e 1983 foi a primeira-dama potiguar durante o governo Lavoisier Maia, atuando nas áreas de assistência social e voluntariado,[2] assumindo a secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social no governo José Agripino Maia, presidindo também a Fundação Estadual do Trabalho e Ação Comunitária e o Conselho Estadual de Menores.[3] Filiada ao PDS, perdeu a prefeitura de Natal para Garibaldi Alves Filho em 1985, no entanto elegeu-se deputada federal em 1986.[4] Durante o mandato, alinhou-se à esquerda,[5] ingressou no PDT e foi signatária da Constituição de 1988,[6] ano em que sagrou-se prefeita de Natal ao derrotar Henrique Eduardo Alves.[7][nota 2]
Nascido em Natal, o jornalista Ney Lopes estreou na imprensa potiguar em 1958, trabalhando em órgãos como: Tribuna do Norte, A Ordem e RN Econômico, além de ir trabalhar no Recife para o Jornal do Commercio, colaborar com a revista O Cruzeiro e ser correspondente do Diario de Pernambuco e da Folha de S.Paulo.[8] Professor do ensino primário e do ensino médio em Natal, atuou como promotor de justiça em Ceará-Mirim em 1964 e foi assistente jurídico no Serviço Social do Comércio na capital potiguar. De volta ao Recife em 1966, trabalhou à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e formou-se advogado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 1967, onde lecionaria.[8] Presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Rio Grande do Norte, serviu ao governador Cortez Pereira como chefe da Casa Civil, secretário de Governo, secretário de Justiça, e diretor administrativo da Companhia Energética do Rio Grande do Norte.[8]
Eleito deputado federal via ARENA em 1974, teve o mandato cassado pelo presidente Ernesto Geisel através do Ato Institucional Número Cinco em 4 de agosto de 1976, mas recuperou seus direitos políticos em 1979, graças à Lei da Anistia.[9][10] Primeiro suplente do senador Carlos Alberto pelo PDS em 1982 e primeiro suplente de deputado federal via PFL em 1986,[11][9] foi efetivado em 12 de novembro de 1988, no lugar de Jessé Freire Filho.[12] Três dias depois foi eleito vice-prefeito de Natal, cargo que pôde acumular com o de deputado federal.[nota 3]