Eleições estaduais no Piauí em 2010
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As eleições estaduais no Piauí em 2010 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições em 26 estados e no Distrito Federal.[1] Foram eleitos o governador Wilson Martins, o vice-governador Moraes Souza Filho, os senadores Wellington Dias e Ciro Nogueira, além de 10 deputados federais e 30 estaduais. Como nenhum candidato a governador assegurou metade mais um dos votos válidos, houve um segundo turno em 31 de outubro entre Wilson Martins e Silvio Mendes com a vitória do primeiro citado. Segundo a Constituição, o governador teria um mandato de quatro anos com direito a uma reeleição e assim Wilson Martins foi reconduzido ao cargo que ocupava após a renúncia do titular.
← 2006 2014 → | ||||
Eleições estaduais no Piauí em 2010 | ||||
---|---|---|---|---|
3 de outubro de 2010 (Primeiro turno) 31 de outubro de 2010 (Segundo turno) | ||||
Candidato | Wilson Martins | Sílvio Mendes | ||
Partido | PSB | PSDB | ||
Natural de | Santa Cruz do Piauí, PI | Campo Maior, PI | ||
Vice | Moraes Souza Filho | R. Sá Filho | ||
Votos | 921.313 | 642.165 | ||
Porcentagem | 58,93% | 41,07% | ||
Candidato mais votado por município no 2º turno (224): Wilson Martins (213) Silvio Mendes (11) | ||||
Titular Eleito | ||||
Natural de Santa Cruz do Piauí, o governador Wilson Martins é médico formado pela Universidade Federal do Piauí com residência em Neurocirurgia na Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialização em Neurologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e em Administração Hospitalar e Sanitária pela Universidade Gama Filho com curso de aperfeiçoamento em Berlim e Mestrado em Neurocirurgia pela Universidade de São Paulo. Professor da Universidade Federal do Piauí e cirurgião do Hospital Getúlio Vargas em Teresina, integra a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e a Academia Brasileira de Neurocirurgia. Foi presidente da Associação Piauiense de Medicina entre 1991 e 1993 e depois presidente da Fundação Municipal de Saúde na terceira administração de Wall Ferraz frente à prefeitura de Teresina.
Eleito deputado estadual pelo PSDB em 1994, 1998 e 2002, legenda que trocaria pelo PSB do qual é presidente do diretório estadual. Secretário de Desenvolvimento Rural no governo Wellington Dias deixou o cargo em 2006 para ser candidato a vice-governador na chapa que reelegeu Wellington Dias. Em 1º de abril de 2010, com a renúncia de Wellington Dias para concorrer ao Senado Federal, Wilson Martins chegou ao Palácio de Karnak sendo reeleito em 31 de outubro superando o médico Silvio Mendes no segundo turno. A vitória de Wilson Martins foi a terceira obtida pelo grupo político integrado pelo PT após a política estadual ser dominada pelo PFL e o PMDB ao longo dos anos 1980 e 1990. O governador reeleito do Piauí é sobrinho-neto de Eurípedes Aguiar (governador entre 1916-1920) e tetraneto de Manoel de Sousa Martins, o Visconde da Parnaíba, que governou a província durante vinte e um anos (1823-1843) abrangendo o Primeiro Reinado, o Período Regencial e os primeiros anos do Segundo Reinado.
Para vice-governador foi eleito o empresário Moraes Souza Filho. Nascido em Parnaíba, ele é filho de Moraes Souza e sobrinho de Mão Santa. Antes de fazer carreira política ocupou a diretoria de Desenvolvimento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/PI) e compõe a direção da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI). Em Parnaíba foi eleito vereador pelo PFL em 1992 e prefeito em 1996 embora tenha perdido a reeleição pelo PSDB no ano 2000. Eleito deputado estadual em 2002, transferiu-se para o PMDB e foi reeleito em 2006.[1]
No pleito para o Senado Federal o mais votado foi Wellington Dias, político filiado ao PT e que era governador até abril deste ano e a segunda cadeira coube ao advogado Ciro Nogueira que exercia o quarto mandato consecutivo de deputado federal. Originário do PFL, perdeu a eleição para prefeito de Teresina no ano 2000. Filiado ao PP foi eleito para um mandato que seu pai não conquistou em 1986 e o qual pertenceu ao seu sogro, Lucídio Portela, após as eleições de 1990.