Eleições estaduais no Piauí em 1947
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As eleições estaduais no Piauí em 1947 ocorreram em 19 de janeiro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[1] Pela primeira vez desde 1928, os piauienses elegeram o governador pelo voto direto e voltaram a eleger os deputados estaduais que elaborariam a constituição estadual conforme as regras da Carta de 1946. A exemplo do ocorrido em 1945, a disputa foi polarizada entre UDN e PSD com a primeira conquistando o Palácio de Karnak e nela os udenistas venceram ao elegerem o governador José da Rocha Furtado, os senadores Joaquim Pires e Ribeiro Gonçalves, embora não tenham obtido maioria dentre os 32 assentos da Assembleia Legislativa do Piauí.[2][3][nota 1]
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Eleições estaduais no Piauí em 1947 | ||||
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19 de janeiro de 1947 (Turno único) | ||||
Candidato | José da Rocha Furtado | Gaioso e Almendra | ||
Partido | UDN | PSD | ||
Natural de | União, PI | Teresina, PI | ||
Vice | Não havia | Não havia | ||
Votos | 55.650 | 51.183 | ||
Porcentagem | 52,09% | 47,91% | ||
Titular Eleito | ||||
O novo governador do Piauí é formado em Medicina em 1932 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com especialização em cirurgia geral e exerceu a profissão antes de ingressar na política. Diante da radicalização ocorrida em seu governo, ele deixou o estado após o fim do mandato e foi residir em Fortaleza ocupando a Secretaria de Saúde no governo Plácido Castelo (1966-1971). Viveu no Ceará até falecer em 2005 aos 96 anos de idade.
A eleição para vice-governador foi realizada pela Assembleia Legislativa mediante um procedimento similar ao adotado na eleição do vice-presidente Nereu Ramos e assim o escolhido foi Osvaldo da Costa e Silva, nascido em Amarante (PI) e formado em Odontologia na Universidade Federal da Bahia. Prefeito interino de Floriano em 1929, foi eleito para o mesmo cargo anos depois e nele permaneceu durante o Estado Novo. Nas quatro eleições seguintes o vice-governador seria eleito em votação direta em chapa dissociada do titular.[4][nota 2]
No preenchimento das vagas para senador a UDN elegeu Joaquim Pires e Ribeiro Gonçalves. O primeiro exerceu sete mandatos de deputado federal até a Revolução de 1930 e teria um mandato de oito anos em lugar do falecido Esmaragdo de Freitas e o segundo teria um mandato de quatro anos e foi membro da Câmara Alta até o golpe que instaurou o Estado Novo em 1937. Foi eleito também Antônio Castelo Branco Clark como suplente do senador Matias Olímpio.